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Cláudia Barroso

AMÉLIA ROCHA BARROSO
(83 anos)
Cantora e Compositora

☼ Pirapetinga, MG (23/04/1932)
┼ Fortaleza, CE (09/10/2015)

Amélia Rocha Barroso, conhecida pelo nome artístico de Cláudia Barroso, foi uma cantora e compositora brasileira.

Aos 7 anos de idade, perdeu tragicamente o pai, o que que fez sua mãe se mudar com os quatro filhos para Santo Antônio de Pádua, RJ. A vocação artística foi despertada, ainda menina, quando começou a cantar nas festinhas da escola. Posteriormente, a família foi morar no Rio de Janeiro, no bairro do Méier.

Diante da necessidade da família, a menina Amélia começou a trabalhar como babá. Depois, passou a trabalhar numa fábrica de estojos para jóias. Aos 15 anos, casou-se e teve um casal de filhos. Durante muitos anos, Amélia se dedicou inteiramente aos filhos e ao marido.

Em 1957, já separada e com os filhos mais crescidos, resolveu que era o momento de tentar a carreira artística. Incentivada por uma amiga, dirigiu-se ao programa de calouros de Ary Barroso. Foi gongada na primeira apresentação, não por desafinar, mas por errar a letra da música "Risque", de Ary Barroso. Tentou, em seguida o programa de calouros de Renato Murce, na rádio Nacional do Rio de Janeiro, sendo bem sucedida e permanecendo por várias semanas na disputa, até ganhar o prêmio final.

Após a vitoriosa participação no programa de calouros de Renato Murce, foi convidada pela cantora Marisa Gata Mansa para fazer um teste na boate do Copacabana Palace, pois lá estavam precisando de uma crooner. Tendo passado no teste, ali surgiu seu primeiro trabalho como cantora profissional.


Em 1958, gravou pela primeira vez ao participar do LP "Meia Noite No Meia Noite", da gravadora Todamérica que contou com as participações de Moacyr Silva e Seu Conjunto e de Copia e Seu Conjunto. Nesse disco gravou a faixa "Não Adiante Chorar" (Eduardo Patané e Almeida Rego), acompanhada da Orquestra do Copacabana Palace, regida pelo maestro Nicolino Copia, o Copinha. Posteriormente, foi contratada para cantar em São Paulo, na boate Capitains Bar, do Hotel Comodoro. Ali cantou com diversos músicos, como Walter Wanderley, Paulinho Nogueira e Pedrinho Mattar. Por seu talento e versatilidade, tornou-se crooner muito disputada pelos donos de casas noturnas de São Paulo, pois cantava também em vários idiomas.

Recebeu da gravadora Odeon convite para gravar a música "Fica Comigo Essa Noite" (Adelino Moreira). Esse foi o seu primeiro disco solo, ainda em 78 rpm que trazia no outro lado "Não, Eu Não Vou Ter Saudade" (Vaucaire e C. Dumont), com versão de Romeu Nunes, disco lançado em fevereiro de 1962. No mesmo ano, sua interpretação de "Fica Comigo Essa Noite" foi incluída no LP "Em Dia Com o Sucesso - Volume 2" lançado pela gravadora Odeon.

Foram inúmeras as casas noturnas em que cantou, e também os diversos nomes do cenário musical brasileiro com que se apresentou, durante os anos 60, entre eles: Bar Baiúca, onde cantava com o Zimbo Trio, Boate Golden Ball, em que cantava com Johnny Alf, Boate Oásis, Boate Champanhota, em que cantava com Marta Mendonça, Boate Moleque, onde cantava com Noite Ilustrada, Boate Rosa Amarela, Boate Jogral, Boate Drink, de Djalma Ferreira, onde cantava com Jair Rodrigues, entre outras.

Em 1967, lançou um LP pela gravadora Fermata no qual interpretou as músicas "Esta é a Minha Canção (The Is My Song)" (Charles Chaplin), "Falem-me Dele (Parlez-moi de Lui)" (M. Rivgauche e J. Dieval), "Nenhum de Vocês (Nessuno Di Voi)" (Pallavicini e Kramer), com versões de Alexandre Cirus, "Eu Por Amor (Io Per Amore)" (P. Donaggio e V. Pallavicini), "É Mais Forte Que Eu (É Piu Forte Di Me)" (E. Polito e A. del Monaco), "O Silêncio (Il Silenzio)" (G. Brezza e N. Rosso), as três em versões de Fred Jorge, "Deus Como Te Amo (Dio Come Ti Amo)" (Domenico Modugno), versão de Demetrio Carta, "Amor Não é Brinquedo (Eine Ganze Nacht)" (J. Last e G. Loose), "Glória (In Excelsis Deo)" (S. Vasco, T. Del Rincon e T. Rendall), em versões de Juvenal Fernandes, "A Música Termina (La Música é Finita)" (U. Bindi e F. Califano), "Valsa Da Recordação (Vals Del Recuerdo)" (Kalender e B. Molar), versões de Salathiel Coelho, e "Começar De Novo" (Nóbrega e Souza, David Mourão e Ferreira). Nesse ano, gravou a marcha "Flores na Varanda" (Osvaldo Cruz e Celina Paiva), incluída na coletânea carnavalesca "Carnaval 68" do selo Som Maior, algo raro em sua carreira de cantora romântica.


Em 1968, duas versões interpretadas por ela foram incluídas no LP "Coleção De Sucessos" da gravadora Fermata: "Deus Como Te Amo" e "O Silêncio".

Em 1969, participou de outras duas coletâneas carnavalescas da gravadora Premier/RGE visando o carnaval do ano seguinte: "Carnaval 70", no qual foi incluída a gravação da música "Um Amor Igual Ao Meu" (Fernando Torelly e João Lopes), e "Carnaval 1970" com a marcha "Senhora Viúva" (Cachimbinho e A. Cruz).

Em 1970, recebeu convite para participar como jurada no Programa Silvio Santos, na TVS, posteriormente SBT. Sua atuação obteve tanto sucesso, que ela foi contratada pelo animador, passando a ser presença obrigatória no programa, o qual era levado ao ar, ao vivo, aos domingos. Um dia, ao dirigir-se a uma caloura, criticou a interpretação da música, atribuindo-lhe uma nota que causou polêmica no programa. Desafiada, então, pelo animador Silvio Santos a interpretar aquela música de forma melhor que a candidata, foi ao palco e cantou magistralmente, arrancando intermináveis aplausos do público e, principalmente, dos demais membros do juri. Logo em seguida, a gravadora Continental a contratou, iniciando uma fase de grande sucesso da cantora.

Em 1971, lançou seu primeiro LP pela gravadora Continental interpretando as músicas "A Vida é Mesmo Assim" e "Quem Mandou Você Errar", de sua autoria, "Pra Que Chorar" (Jorge Ricardo), "Amiga" (Anastácia), "Dona Tristeza" (Jacobina e Almeida Rego), "Juntinho é Melhor" (Fernando Barreto, Fernando Costa e Rossini Pinto), "Você Mudou Demais" (Dik Júnior), "Tudo Acabado" (J. Piedade e Osvaldo Martins), "Supertição" (Portinho e Wilson Falcão), "Rotina Do Amor" (Jota Domingos), "Resposta Da Carta" (Anastácia e Dominguinhos), e "Quem Foi Você" (Waldick Soriano). O selo Premier lançou o LP "O Amor Me Chama", uma coletânea de músicas lançadas anteriormente em compactos com destaque para "Dio Come Ti Amo". Ainda nesse ano, duas interpretações suas foram incluídas em coletâneas de sucessos. No LP "As 14 Mais Pra Frente - Volume 12" da Continental foi incluída a gravação de "Você Mudou Demais", e no LP "Grande Parada Brasil" também da Continental foi incluída a gravação do bolero "A Vida é Mesmo Assim".

Em 1972, lançou dois LPs. No primeiro LP destacou-se como sucesso a composição "Por Deus Eu Juro" (Cláudia Barroso), trazendo ainda as músicas "Amor Querido" (Cláudia Barroso), "Estou Cansada" (Cláudia Barroso), "Não Adianta Mais Chorar" (Jorge Ricardo), "Não Sei o Que Fazer" (Jorge Ricardo), "Está Faltando Alguém Em Minha Vida" (Pepe Ávila), "Eu Te Agradeço" (Alcyr Clayton e Paulo Marcos), "Você Perdeu a Sua Vez" (César e Círus), "Se Deus Me Ouvisse" (Almir Rogério), e "Presunção" (Anastácia). No segundo LP lançado no mesmo ano, registrou as músicas "Não Quero Ouvir Mais Falar Teu Nome" (Cláudia Barroso) e "Vai Não Te Quero Mais" (Cláudia Barroso), "Aviso" (Jorge Ricardo), "Confissão" (Jorge Ricardo), "Tentei a Qualquer Preço" (Osmar Nazareno e Portinho), "Mentira", (F. Pracánico, E. C. Flores e Pepe Ávila), "Amada Amante" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), "Humilhação" (José Carlos Gonzales), "Como Fui Boba Meu Deus" (Antônio Queiroz e Michel Bunariu), "Nem Te Ligo" (Jota Domingos), "Meu Coração Fechou a Porta" (Anastácia) e "Ausência De Tua Presença" (Moacir Bastos).


Ainda em 1972, sua versatilidade a levou a uma experiência como atriz, através de uma participação na novela "Bandeira Dois", levada ao ar pela TV Globo. Foi coroada, então, "Rainha dos Mmotoristas". Nesse período, mais precisamente, na primeira metade dos anos 1970, foi consagrada em todo o Brasil, sendo a cantora com maior vendagem de disco. Em função disso, nos dois anos seguintes voltou a lançar dois LPs anuais.

Em 1973, gravou no primeiro LP as músicas "Eu Quero Ser Feliz" (Cláudia Barroso), "Vai Chorar Muito Mais" (Cláudia Barroso), "Foi Tanto Amor Que Eu Perdi a Razão" (Cláudia Barroso e Zairo Marinozo), "Ah Se Eu Fosse Você" (Carlos Bonani), "Ontem e Hoje" (Getúlio Macedo e Irany de Oliveira), "Meu Caminho" (Gecy Falcão), "Vou Ficar Sozinha" (Alcyr Clayton e Paulo Marcos), "Eu Vim Dizer" (Carlos César e Alexandre Cirus), "Nem Pelo Amor de Deus" (César e Queiroz), "Minha Verdade" (Osmar Navarro e Portinho), "No Vai-Vem Do Mundo" (César e Círus) e "Nem Que o Mundo Se Acabe" (Anastácia e Dominguinhos).

Em seu segundo LP de 1973, registrou as músicas "Que Pena Você Veio Tarde" (Cláudia Barroso e Carlos Bonani), "Cinzas" (Cláudia Barroso e Gecy Falcão), "Acreditei Demais" (Carlos Bonani), "Não Preciso De Você" (Carlos Bonani), "Eu Só Quero Ver" (Carlos Bonani), "Mulher" (Custódio Mesquita e Sadi Cabral), "Carinhoso" (Pixinguinha e João de Barro), "Fim De Caso" (Dolores Duran), "Juazeiro" (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga), "Não Há Nada Mais Bonito" (Portinho e Osmar Navarro), "Que Mundo é Este Meu" (Waldick Soriano) e "Muito Obrigado Meu Amor" (Antônio dos Santos).

Ainda em 1973, mais duas coletâneas de sucesso incluíram gravações suas, no LP "Continental - 30 Anos De Sucessos" da gravadora Continental, onde foi incluída a canção "Você Mudou Demais". Já no LP "Sempre Sucesso - 12 Grandes Sucessos Que Serão Lembrados Eternamente", da Premier/RGE foi incluída sua gravação "O Silêncio".

Em 1974, mais dois LPs foram lançados pela Continental com gravações suas. No primeiro cantou "Eu Falei Pra Você" (Carlos Bonani), "Mal Me Quer" (Cristóvão de Alencar e Newton Teixeira), "Essa Agora é Boa" (Cláudia Barroso), "Por Mais Que Eu Queira Me Enganar Ainda Te Amo" (Cláudia Barroso), "Última Palavra" (Nelson Karan e Aloísio Marins), "Aliança Devolvida" (Milton JoséJosé Augusto), "Você Já Era" (Portinho e Osmar Navarro), "Ironia" (Gecy Falcão), "Não Me Condenem" (Júlio Nagib), "Deus Me Livre" (Anastácia), além de um pot-pourri com as canções "Segredo" (Herivelto Martins e Marino Pinto), "Ave Maria No Morro" (Herivelto Martins), "Feitio De Oração" (Vadico e Noel Rosa), "Folhas Mortas" (Ary Barroso) e "Nem Eu" (Dorival Caymmi).


No segundo LP, lançado também em 1974, registrou as músicas "Deixe Meu Marido Em Paz (Não Perca Seu Tempo)" (Cláudia Barroso), "Como Acabou Não Sei" (Cláudia Barroso), "Triste Adeus" (Cláudia Barroso), "Oh Moço Da Minha Rua" (Cláudia Barroso), "Quem Você Pensa Que É" (Elizabeth), "Porque Te Amo" (Luis de Castro e Milton José), "Me Faça Sua" (Martinha e Milton Carlos), "Amor Fracassado" (Juvenal Lopes), "Nem a Morte Vai Nos Separar" (Portinho e Osmar Navarro), "Vá Em Paz" (Juna), "Luz e Treva" (Nelson Sampaio) e "Amor Proibido" (Anastácia e Dominguinhos). Nesse LP, fez bastante sucesso com o bolero "Deixe Meu Marido Em Paz (Não Perca Seu Tempo)".

Em 1975 gravou LP que trazia as músicas "Casamento Fracassado" (Carlos Bonani), "Conselho" (Carlos Bonani), "Duas Almas" (Carlos Bonani), "Que Te Custa" (Anastácia), "Nada Sou" (Antoninho dos Santos), "Não Tem Solução" (Joãozito), "Nossos Filhos Não Pediram Para Nascer" (Cláudia Barroso), "Ninguém Pertence a Ninguém" (Portinho e Osmar Navarro), "O Homem Que Eu Amo" (Chico Xavier), "Você Vai Se Arrepender" (Milton José, Italúcia e Sabino Neto), "Já Tenho Alguém Em Seu Lugar" (Evaldo Barreto), "Eu Não Tive Um Bom Marido" (Evaldo Barreto).

Em 1976, lançou novo LP no qual fizeram sucesso as composições "Mulher Sem Nome" (Anastácia) e "Pedaço De Papel" (Anastácia). O disco incluiu ainda as composições "O Vento Levou" (Umberto Silva e Motta), "Nem Que Venha Pedir De Joelhos" (Milton José e José Augusto), "Para Que Recordar" (Fernando César), "Conselho De Mãe" (Cláudia Barroso e M. A. Porto), "Valeu a Pena o Que Eu Sofri" (Cláudia Barroso e Izilda Simões), "Cansada De Mentira" (Robson e Zébeto), "Fracassamos" (Herivelto Martins), "Pecado Mortal" (Carlos Bonani), "Vou Morrer De Rir" (Anastácia) e "Fique Com Ele Pra Você" (Zeca e Tom).

Em 1977, gravou o LP "Cara e Coragem" com música título da compositora Isolda, e que apresentou ainda como destaque as músicas "Mantendo Aparências" (Cláudia Barroso), "Ninguém é De Ninguém" (Umberto Silva, Toso Gomes e Luis Mergulhão), "Boa Amiga (Conselho)" (Anastácia), "Meu Dilema" (Anastácia e Dominguinhos), "Bobagem" (Isolda e Milton Carlos), "Minha Culpa" (Leal Brito 'Britinho' e Fernando César), "Envolvido Em Tempestade" (Marcos Wagner), "Com Quem Fica Nosso Filho" (Wilson FalcãoPortinho), "Homem Por Homem" (Evaldo Barreto), "Essas Moças" (Marcos Wagner) e "Mentiroso" (Valentino Guzzo e Laerte Freire).

Em 1978, gravou o LP "Conselho" que teve como destaque duas composições de sua autoria, "Deixe Meu Marido Em Paz" e "Nossos Filhos Não Pediram Pra Nascer". As outras músicas do disco foram, "Mentiroso" (Valentino Guzzo e Laerte Freire), "Quem Você Pensa Que É" (Elizabeth), "Amor Proibido" (Anastácia e Dominguinhos), "Casamento Fracassado" (Carlos Bonani), "O Homem Que Eu Amo" (Chico Xavier), "O Vento Levou" (Humberto Silva e Motta), "Conselho" (Carlos Bonani), "Pedaço De Papel" (Anastácia), "Amor Fracassado" (Juvenal Lopes) e "Nem a Morte Nos Separa" (Portinho e Osmar Navarro).


Em 1979, lançou LP com as músicas "Status" (Cláudia Barroso e S. A. Hanna), "Porta Arrombada" (Cláudia Barroso e Glauco), além de cinco versões das músicas latinas "Abraça-me" (Julio Iglesias e Ferro), versão de C. Santos, "Espinho (Espinita)" (Nico Jimenez e Walter José), "A Carta" (J. Nobre e A. do Valle), versão de Mourão Filho, "Canção Da Alma (Cancion Del Alma)" (R. Hernandez), versão de Jean Pierre, e "Maldito Amor (Ilusion Passajera)" (M. A. Solis), versão de Cleide Dalto. O disco ainda apresentou as canções "Comentários" (Rivelindo, Jean Pierre e Leon), "Graças a Deus" (Anastácia) e "Eu Não Sou Robot" (José Lisboa).

Em 1980, lançou seu último disco pela gravadora Continental no qual interpretou as canções "A Fase" (Elizabeth e Sérgio Bittencourt), "A Outra" (Geraldo Cunha), "O Silêncio (Il Silenzio)" (G. Brezza e N. Rosso), versão de Fred Jorge, "Eu Te Perdi" (Umberto Silva, Motta Vieira e Ozires de Mello), "É De Pedra Seu Coração" (Antoninho Santos), "Amor Na Tarde" (Anastácia), "Tire Seu Galo Da Rinha" (Anastácia), "Minha Sombra é Você" (Mário Zan e Messias Garcia), "Haja o Que Houver" (Fernando César e Nazareno de Brito), "Tudo Ou Nada" (Fernando César), além de duas versões suas para músicas de Armando Manzanero, "Pra Você e Para Mim (Para Ti y Para Mi)" e "Foi Uma Vez (Fue Uma Vez)".

Em 1981, a Continental lançou a coletânea "Disco de Ouro - Cláudia Barroso" reunindo 14 sucessos gravados por ela, "A Vida é Mesmo Assim", "Por Deus Eu Juro", "Vai Não Te Quero Mais", "Deixa Meu Marido Em Paz (Não Perca Seu Tempo)", "Mantendo Aparências", "Nossos Filhos Não Pediram Pra Nascer", "Noturno", "Quem Mandou Você Errar", "Amor Querido", "Vai Chorar Muito Mais", "Como Acabou Não Sei", "Estou Cansada", "Não Quero Mais Ouvir Falar Teu Nome" e "Aliança Devolvida".

No começo da década de 1980, passou alguns anos sem gravar. Retornou aos estúdios em 1986, quando lançou LP pela gravadora 3M interpretando as músicas "O Gavião" (Carlos Santorelli), "Deixa Que Eu Te Ame" (Hyran Garcete e Pepe Ávila), "A Minha Prece De Amor" (Silvio César), "Tira a Aliança Do Dedo" (Meirecler), "Ausência" (Sebastião Silva e Ivan Pires), "Jogo Sujo" (Carlos Colla), "Nós Dois" (Ed Wilson e Carlos Colla), "Salva-me Querido" (José Raul Valença e Manoel Valença), "Batendo Boca" (Cláudia Barroso) e "Meu Ídolo" (Voltaire e Neuber).

Até o final dos anos 80, período de seu maior sucesso, teve gravações incluídas em mais de 20 coletâneas. A partir da década de 90, sua carreira perdeu prestígio e ela passou a aparecer menos.

Em 1995, a Warner lançou o disco "Dose Dupla", contendo alguns de seus sucessos como "A Vida é Assim Mesmo" (Cláudia Barroso), "Quem Mandou Você Errar" (Cláudia Barroso), "Pra Que Chorar" (José Ricardo), "Rotina Do Amor" (Jota Domingos) e "Resposta Da Carta" (Anastácia e Dominguinhos).

Em 2000, gravou um CD ao vivo, pela gravadora CID. O disco visitou vários clássicos da MPB, como "Lama" (Ailce Chaves e Paulo Marques), "Quem Eu Quero Não Me Quer" (Raul Sampaio), "Tortura De Amor" (Waldick Soriano), além de outros como "Fracasso", "Poema", "Quase" e "Devolvi".

Em 2007, apresentou-se na Praça Independência na cidade de Corumbá durante os festejos pelo 229º aniversário de fundação da cidade.

Em 2008, em plena atividade, com a voz impecável, continuou apresentando shows por todo o Brasil, sempre encontrando o prestígio do público.


Por seu talento, a cantora mereceu do maestro Portinho a seguinte crítica:

"Um dia, na década de 60, eu estava em São Paulo com o Mário Duarte, na época, diretor artístico da Rádio Nacional de São Paulo e da Fermata-RGE, e este me convidou para tomarmos um aperitivo numa boate na Alameda Nothumann. Quando chegamos, fomos atendidos, e logo, a moça que estava com o conjunto passou a cantar. Acho que foi uma das coisas mais lindas que presenciei durante a minha carreira musical. Eu fiquei encantado com a Cláudia Barroso. Não só eu, também o Mário. A partir do momento em que ela começou a cantar, não vimos mais nada...
Naquela época a Cláudia não cantava apenas boleros e, naquela noite, ela procurou mostrar toda sua versatilidade, cantando também em inglês, italiano, espanhol e francês. Quando terminou o show, Cláudia chegou até nossa mesa e o Mário me disse:
'Esta é a talentosa Cláudia Barroso. Eu a quero a seu lado maestro. Convido-a para amanhã, ou dentro do mais breve possível, comparecer aos escritórios da Fermata-RGE para assinar um contrato conosco'.
Emocionadíssima, ela aceitou e já no dia seguinte, estava assinando um contrato. Logo em seguida, tratamos de selecionar seu repertório. O que eu posso dizer de Cláudia Barroso? Só posso elogiá-la. Como já disse antes, é uma cantora muito versátil, desembaraçada. Sabe o que quer e exige, e com muita razão. Porque é uma das maiores cantoras, não só do Brasil, é uma das maiores cantoras contemporâneas. Tem uma voz privilegiada, bonita, eu diria que ela não é soprano nem contralto, é um mesclado das duas coisas. Tem um grave cheio, sabe dizer as palavras, tem uma dicção perfeita e canta, com facilidade, qualquer gênero popular. Não há dificuldade em nada para Cláudia Barroso.
Outra coisa que me agrada em Cláudia Barroso é a sua amizade e compreensão com os músicos quando está no estúdio de gravação. Quando está elaborando o trabalho de base, ela procura fazer o melhor ambiente possível. Procura, então, conversar com os músicos, nos intervalos, conta algumas novidades. Ela gosta de trabalhar em equipe. Em sua opinião, os músicos, maestros, técnicos, produtores e divulgadores formam um todo, e que só esse todo pode proporcionar o futuro sucesso. Ela crê e diz francamente:
'Eu amo todos vocês, porque são um todo. Meu disco é um todo. Obrigada!'
Há muitos anos eu acompanho a carreira de Cláudia Barroso, e noto que, a cada disco, ela procura aprimorar a sua interpretação, que já era magistral."

Morte

Cláudia Barroso morreu às 06:00 hs de sexta-feira, 09/10/2015, aos 83 anos, em Fortaleza, CE, onde morava. A artista estava internada há 15 dias com problemas circulatórios e não resistiu. O velório ocorreu no Cemitério Jardim Metropolitano, na cidade de Eusébio, CE. O enterro ocorreu no sábado, 10/10/2015, às 10:00 hs, no mesmo local.


Discografia

  • 2000 - Popularidade (Warner Music)
  • 2000 - A Vida é Assim Mesmo - Ao Vivo (CID)
  • 1997 - Cláudia Barroso (RGE/Fermata)
  • 1996 - Eles e Elas - Cláudia Barroso e Lindomar Castilho (Warner Music)
  • 1995 - Dose Dupla - Cláudia Barroso e Waldick Soriano (Warner Music)
  • 1988 - Se Deus Me Ouvisse (Phonodisc)
  • 1986 - Cláudia Barroso (3M)
  • 1981 - Disco de Ouro - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1980 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1979 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1978 - Conselho (Continental)
  • 1977 - Cara e Coragem (Continental)
  • 1976 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1975 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1974 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1974 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1973 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1973 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1972 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1972 - Claudia Barroso (Continental)
  • 1971 - O Amor Me Chama (Premier/RGE)
  • 1971 - Claudia Barroso (Continental)
  • 1967 - Cláudia Barroso (Fermata)
  • 1962 - Fica Comigo Essa Noite / Não, Eu Não Vou Ter Saudade (Odeon)

Indicação: Miguel Sampaio

Wilma Bentivegna

WILMA BENTIVEGNA
(85 anos)
Cantora, Atriz e Apresentadora

☼ São Paulo, SP (17/07/1929)
┼ Mogi das Cruzes, SP (02/07/2015)

Wilma Bentivegna foi uma cantora, apresentadora e atriz brasileira. Nascida em São Paulo, desenvolveu carreira na segunda metade da década de 50, realizando gravações de discos e apresentações em rádios e TVs. Foi uma importante cantora no rádio paulista, mesmo não tendo sido uma cantora de popularidade nacional. Especializou-se em gravar principalmente versões de canções estrangeiras de sucesso na época. De estatura baixa, sempre pareceu uma menina, sendo chamada por todos de Wilminha.

Começou sua carreira aos 9 anos no programa "Clube do Papai Noel", de Homero Silva, na Rádio Difusora. Começou depois a atuar em radioteatro na Rádio Tupi, sob direção de Otávio Gabus Mendes e na Rádio Difusora, com Oduvaldo Vianna. Fazia papeis infantis, pois sua voz também era de menina. Foi a caçula da "Caravana da Alegria", que viajou por várias cidades do interior de São Paulo.

Atuou já no primeiro dia da TV Tupi, cantando junto com os Garotos Vocalistas, sendo assim a primeira cantora a se apresentar na extinta TV.

Ganhou muitos prêmios, entre eles o de Atriz Revelação. Participou de algumas telenovelas e do filme "Custa Pouco a Felicidade" (1952) de Geraldo Vietri.

Wilma Bentivegna e Ninon Sevilha em 1954
Em 1954, foi contratada pela gravadora Sinter e gravou com acompanhamento de Zezinho e Sua Orquestra, a guaracha "Me Voy a Morir" (F. Cabrera), e com acompanhamento de Luis Arruda Paes e Sua Orquestra o samba-canção "Chove" (Geraldo Vietri), mais tarde célebre novelista de televisão e roteirista de filmes.

Em 1955, foi contratada pela Rádio Nacional de São Paulo e pela TV Paulista.

Em 1956, assinou contrato com a gravadora Odeon e gravou com acompanhamento de Luiz Arruda Paes e Sua Orquestra o fox "Rififi" (Gerard e Rue), com versão de Haroldo Barbosa, o bolero "Ama-me Amor" (Panzeri e Mascheroni), com versão de Valdir Cardoso.

Em 1957, gravou com acompanhamento de Luis Arruda Paes e Sua Orquestra, as canções "Pollyana" (N. Schultze e B. Balzo), e "Marcelino, Pão e Vinho", da trilha sonora de filme homônimo, composição de P. Sorozobal e P. Sorozobal Jr, versões de Ribeiro Filho, que obtiveram boa repercussão nacional.

Gravou em 1959, com acompanhamento de Waldomiro Lemke e Sua Orquestra, a clássica canção francesa "Hino ao Amor" (Edith Piaf e Monnot), com versão de Odair Marzano, além do samba "Só Tristeza" (Paulo Rogério e Odair Marzano).

Em 1960, gravou com Waldomiro Lemke e Sua Orquestra a fantasia "Minha Devoção" (O. Cesana), e o samba-canção "Vontade de Enlouquecer" (Guerra Peixe e Odair Marzano).


Em 1961 gravou, ainda, com Waldomiro Lemke e Sua Orquestra, as canções "As Folhas Verdes de Verão" (D. Tiomkin e P. F. Webster), com versão de Paulo Rogério, e "Canção do Amor Que Eu Lhe Dou" (Lourival Faissal). Lançou pela gravadora Odeon, o LP "Canção do Amor Que Eu Lhe Dou" no qual interpretou as músicas "Canção do Amor Que Eu Lhe Dou" (Lourival Faissal), "Hino ao Amor" (Edith Piaf e Monnot), "Graças a Deus Você Voltou" (Tito Madi), "Minha Devoção" (Oto Cesana), em versão de Odair Marsano, "Sonata da Despedida" (Wilma Camargo e Élcio Álvarez), "Alvorada de Amor" (Almeida Rego), "As Folhas Verdes do Verão" (D. Tiokim e Paul Francis Webster), em versão de Paulo Rogério, "Eu Sem Você" (Jair Amorim e Evaldo Gouveia), "És Meu Amor" (S. Weyne e A. Silver), com versão de Teixeira Filho, "Sonata de Esquecer Saudade" (Geraldo Cunha e Pery Ribeiro), "Eu, a Tristeza e Você" e "Canção de Quem Espera", de Sebastião Silva.

Em 1962, registrou as canções "Canção de um Triste" (Paulo Rogério e Oldair Marzano), e "Preciso de Alguém" (Paulo Rogério).

Em 2005, o selo Revivendo lançou o CD "Wilma Bentivegna - Hino ao Amor" com 18 interpretações suas, entre as quais, a música título, de Edith Piaf e Margueritte Monnot"Canção de um Triste" (Paulo Rogério e Odair Marzano), "Sonata de Esquecer Saudade" (Geraldo Cunha e Pery Ribeiro), "Vontade de Enlouquecer" (Guerra Peixe e Odair Marzano), "Minha Tristeza e o Mar" (Wilma Bentivegna), "Graças a Deus Você Voltou" (Tito Madi), "As Folhas Verdes de Verão" (Dimitri Tiomkin e Paul Francis Webster), "Canção do Amor Que Eu Lhe Dou" (Lourival Faissal), "Rififi" (M. Philippe-Gerard e Jaques Larue), "Eu, a Tristeza e Você" (Sebastião Silva), "Preciso de Alguém" (Paulo Rogério), "Noite de Amor" (Tchaikovsky) com adaptação de Fred Jorge, e "Marcelino Pão e Vinho" (Pablo Sorozobal).

Morte

Wilma Bentivegna morreu na tarde de quinta-feira, 02/07/2015, no Hospital Ipiranga em Mogi das Cruzes, SP. De acordo com amigos da família, Wilma Bentivegna passou mal em casa e foi hospitalizada, mas não resistiu. O corpo será velado na Câmara Municipal da cidade de Suzano onde residia.

Segundo o Hospital Ipiranga, a cantora faleceu por volta das 15:00 hs, após ter passado por atendimento. Amigo da família, o jornalista Gil Fuentes contou que a causa da morte foi insuficiência respiratória.

"A Wilma já não andava muito bem há algum tempo. Estava com depressão e quase não saia de casa. É uma grande perda porque a Wilma fez sucesso em uma época que era necessário saber cantar. Ela trabalhou com Lima Duarte e participou da inauguração da TV"
(Gil Fuentes)

Discografia

  • 1962 - Canção de um Triste / Preciso de Alguém (Odeon, 78)
  • 1961 - As Folhas Verdes de Verão / Canção do Amor Que Eu Lhe Dou (Odeon, 78)
  • 1961 - Canção do Amor Que Eu Lhe Dou (Odeon, LP)
  • 1960 - Minha Devoção / Vontade de Enlouquecer (Odeon, 78)
  • 1959 - Hino ao Amor / Só Tristeza (Odeon, 78)
  • 1957 - Pollyana / Marcelino, Pão e Vinho (Odeon, 78)
  • 1956 - Rififi / Ama-me Amor (Odeon, 78)

Indicação: Miguel Sampaio

Vera Brasil

VERA LELOT
(80 anos)
Cantora, Compositora e Violonista

☼ São Paulo, SP (07/05/1932)
┼ Araçoiaba da Serra, SP (18/07/2012)

Vera Brasil, nome artístico de Vera Lelot, foi uma cantora, compositora e instrumentista brasileira.

Com o nome artístico de Vera Brasil, ideia do pai Ulysses Lelot Filho, um compositor que assinava suas músicas como Sivan Castelo Neto e que, mais tarde, acabaria sendo parceiro musical da própria filha, passou a compor na década de 1950, sendo logo associada à bossa nova.

Começou a estudar violão aos 16 anos de idade. Alguns anos depois, dedicou-se ao canto e ao estudo de teoria musical com Miguel Arguerons.

Teve seu primeiro trabalho registrado em 1954, quando seu samba-canção "Três Palavras", composto em parceria com seu pai Silvan Castelo Neto, foi gravado por Mário Martins.

Em 1958, sua música "O Menino Desce o Morro" foi gravada por vários intérpretes, como Myriam Ribeiro, Geraldo Cunha, entre outros.

Vera Brasil participou de diversos festivais de Música Popular Brasileira, no Brasil e em outros países da América do Sul. 

Ao todo, escreveu mais de cem canções, algumas gravadas por artistas ilustres, como Elis Regina ("Eu Só Queria Ser"), Maysa ("O Menino Desce o Morro"), Jair Rodrigues ("Inaê") e Elizeth Cardoso ("Canto de Partir").


Como cantora, fez sua estréia em 1964, com o LP "Tema do Boneco de Palha", lançado pela gravadora Farroupilha. O título deste LP foi tirado da faixa do mesmo nome, gravação de uma de suas mais conhecidas canções, composta em parceria com seu pai. A partir desta data, começou a apresentar-se em shows e programas de televisão.

Em 1965, classificou-se em 3º lugar no I Festival Nacional de Música Popular, na TV Excelsior de São Paulo, com "Eu Só Queria Ser" (Vera Brasil e Myriam Ribeiro), interpretada por Claudette Soares.

Em 1966 obteve o 2º lugar no II Festival Nacional de Música Popular, na TV Excelsior de São Paulo, com "Inaê" (Vera Brasil e Maricene Costa), interpretada por Nilson.

Em 1967, Vera Brasil viajou em turnê para Portugal.

Vera Brasil foi diretora musical do espetáculo "Musicanossa", apresentado no Teatro de Arena de São Paulo, em 1968.

Em 1983, com a cantora Márcia e a pianista Maria Eugênia Pacheco de Brito, criou a Escola Play (Centro Audiovisual de Música). 

Como arranjadora e violonista, abriu em São Paulo na década de 1980 uma escola na qual criou seu próprio método de ensino, onde dava aulas usando técnicas de audiovisual.


Em 2002, após trinta anos afastada dos palcos, apresentou-se no Vinicius Piano Bar, no Rio de Janeiro. Foi homenageada num show, por vários artistas, entre os quais Gilberto Gil.

Em 2008, gravou o programa "Ensaio", da TV Cultura.

Nos últimos anos de sua vida, viveu numa chácara em Araçoiaba da Serra, no interior paulista.

Vera Brasil, além de musicista, chegou a ser secretária, professora de inglês, decoradora de interiores, fotógrafa e astróloga. Fazia ioga e tinha interesse por esoterismo e ficção científica.

Vera Brasil havia quebrado a bacia numa queda. Morreu na quarta-feira, 18/07/2012, aos 80 anos, vítima de complicações de saúde. Solteira, não teve filhos. Deixou o irmão, Berto Filho, jornalista.

Ela foi sepultada em cerimônia simples, entre parentes e amigos, no cemitério de Araçoiaba da Serra, no interior paulista, no dia 19/07/2012.

"Fica a lembrança de sua cultura musical e intelectual imensa, da multiplicidade do seu talento nas várias atividades que empreendeu, da sua importância na bossa nova e a saudade de sua presença companheira e solidária, na defesa dos direitos dos músicos e compositores!"
(Berto Filho, irmão de Vera Brasil)

Berto Filho entregou partituras de 70 músicas de Vera Brasil, além do violão Del Vecchio e a flauta doce Armstrong, ao maestro Rubens Gouvea, diretor da Orquestra Sinfônica de Araçoiaba da Serra, com o objetivo de perenizar a obra da cantora.

Discografia

  • 1964 - Tema do Boneco de Palha (Gravadora Farroupilha, LP)

Indicação: Carlos da Terra

Ana Servan

ANA SERVAN VIDAL
(73 anos)
Cantora

☼ Onda Verde, SP (15/12/1941)
┼ Araraquara, SP (19/05/2015)

Ana Servan Vidal nasceu em Onda Verde, no interior de São Paulo, no dia 15/12/1941. Por erro ortográfico, o Servan dos irmãos Miguel e Ana começa com a letra "S", enquanto que os demais irmãos e familiares possuem o sobrenome Cervan registrado corretamente.

Miguel e Aninha já cantavam desde cedo, sendo que Aninha, com apenas 12 anos, venceu um concurso num circo que passava pela região. E, em 1955, com o nome "Irmãos Cervan", a dupla começava a se apresentar na Rádio Cultura de Araraquara.

Em 1956, os irmãos decidiram tentar a carreira artística em São Paulo, onde foram morar no bairro Tucuruvi, na Zona Norte. E foi nesse bairro que Miguel e Aninha conheceram o compositor José Fortuna, que os convidou para participar do programa "Onde Cantam os Maracanãs", que ia ao ar pela Rádio Piratininga.

Três anos depois, em 1959, Miguel e Aninha adotaram o nome artístico de Duo Glacial, o qual foi sugerido por José Fortuna. Sucederam-se apresentações na Rádio Tupi, Rádio Nove de Julho e Rádio Nacional de São Paulo e, ainda em 1959, o Duo Glacial gravou seu primeiro disco 78 rpm, com a canção rancheira "Orgulho" e a valsa "O Amor e a Rosa", pelo selo Sertanejo.

Vieram depois mais dois discos 78 rpm, em 1960, com o rasqueado "Si Queres" e a rancheira "Desde Que o Dia Amanhece", pelo selo Sertanejo, e em 1961, o tango "Reconciliação" e a canção rancheira "Traição", pelo selo Sabiá.

E foi em 1967 que o Duo Glacial conquistou o primeiro lugar no I Festival Sertanejo da Rádio Nacional com a interpretação da toada "Poeira". Em 1968, a dupla recebeu também o Troféu Cornélio Pires e gravou um LP no qual foi incluída a música vencedora, "Poeira".

Miguel e Aninha (Duo Glacial)
"Poeira", na verdade, havia sido eliminada na primeira fase. Luiz Bonan, no entanto, fez algumas mudanças na letra e a composição foi classificada para a final. E é sucesso até hoje.

Em 1970 participaram do filme "Sertão Em Festa", junto com Tião Carreiro & Pardinho, Simplício, Saracura, Nhá Barbina, Francisco Di Franco, Marlene Costa e Clenira Michel. No mesmo ano de 1970, lançaram um LP com 12 composições de autoria de João Pacífico, ocasião na qual Brás Baccarin era diretor artístico da Chantecler/Continental. A partir desse disco, João Pacífico passou a ser chamado para entrevistas e participações em programas de televisão, além de ser freqüentemente regravado e também reconhecido pela imprensa.

Em 1971 participaram do filme "No Rancho Fundo".

Participações no circo também fizeram parte da carreira artística do Duo Glacial. Num desses diversos circos, a Companhia Teatral Circense, Mariazinha e sua filha Noeli eram as estrelas juntamente com Bueno Filho, Jair Roberto, além de Miguel e Aninha. Eram encenadas peças teatrais tais como "A Vingança do Lavrador" e "O Lavrador Não é Covarde" que, apesar de serem consideradas dramas, também arrancavam gostosas gargalhadas da platéia que se divertia com o personagem Chico, que era representado por Ivo Rodrigues.

Por motivos particulares, em 1974 Ana Servan afastou-se do Duo Glacial e, em seu lugar, quem passou a cantar juntamente com Miguel foi Maria Vieira da Silva (Mariazinha). Ela havia deixado de cantar com Zé do Rancho em 1972, dois anos antes de integrar o Duo Glacial.

Foi mantido o nome Duo Glacial que, com a nova formação, gravou já em 1975 o LP "Eterna Lembrança", pela Continental. Gravaram mais três LP's, com com esta nova formação.

Algum tempo depois, Mariazinha decidiu encerrar sua carreira artística e, em 1983, Ana Servan voltou a integrar o Duo Glacial juntamente com seu irmão Miguel Servan. 

Morte

Ana Servan Vidal, de 73 anos, morreu na terça-feira, 19/05/2015, em Araraquara, SP. Aninha, como era conhecida, estava com sintomas de dengue e infecção urinária. Ela procurou atendimento na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Vila Xavier, onde sofreu duas paradas cardíacas no período da manhã.

O velório aconteceu em frente ao Cemitério São Bento, onde o corpo foi enterrado na quarta-feira, 20/05/2015, às 15:00 hs.

Vó Maria

MARIA DAS DORES SANTOS CONCEIÇÃO
(104 anos)
Cantora e Compositora

☼ Mendes, RJ (05/05/1911)
┼ Rio de Janeiro, RJ (16/05/2015)

Cantora e compositora, foi levada, ainda criança, para o Rio de Janeiro por uma família amiga de seus pais, passando a morar com eles até os 20 anos no bairro do Grajaú.

Em 1931 casou-se com Sebastião Maciel Francisco dos Santos. Cinco anos depois ficou viúva, o marido faleceu em um acidente automobilístico, assim como seu pai, e passou a criar sozinha a filha Nilza Santos Oliveira, Cachucha, de apenas três anos. Nessa época, passou a trabalhar como tarefeira na Fábrica de Rendas, no bairro da Muda. Casou-se pela segunda vez com o jornalista e professor de inglês João Conceição, tendo sua casa, no bairro do Maracanã, transformado-se em um dos palanques do Movimento Negro, tendo passado por lá o senador Abdias do Nascimento, o sociólogo Guerreiro Ramos, o pesquisador Haroldo Costa, a advogada Sebastiana Arruda, entre outros, com os quais o jornalista João Conceição fundou o jornal "A Redenção".

Na década de 60 casou-se com Donga. Ela foi a terceira esposa do compositor, autor do clássico "Pelo Telefone" (Donga e Mauro de Almeida), o primeiro samba gravado, em 1917.

Vó Maria presenciou a criação de boa parte dos clássicos da Música Popular Brasileira através das reuniões em sua casa, nas quais compareciam Pixinguinha, Xangô da Mangueira, Aniceto do Império Serrano, Walter Rosa, Jorginho Pessanha, Jacob do Bandolim, João da Baiana e os iniciantes Martinho da Vila, Clara Nunes, João Nogueira, entre outros.

No ano 2000 apresentou-se pela primeira vez em público na roda de samba "Segunda dá Samba", organizada por Zilmar Basílio.

Em 2001 tornou-se presença constante nas rodas de samba do Museu da Imagem e do Som (MIS) do Rio de Janeiro, na qual era uma das convidadas da presidente da instituição, Marília Trindade Barbosa. Fez diversos shows coletivos ao lado de Dona Ivone Lara e Tia Eulália. Foi uma das atrações convidadas a apresentar-se no evento "Chorando no Rio", festival de choro do Estado do Rio de Janeiro, promovido pela Secretaria de Cultura do Governo de Estado do Rio de Janeiro com apoio da Sala Cecília Meireles e da TVE/Rede Brasil, com apresentação de Ricardo Cravo Albin. Neste mesmo ano, participou do "Encontro Nacional de Pesquisadores da MPB", na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), novamente promovido pelo Museu da Imagem e do Som (MIS).


Em 2003, ao completar 92 anos, fez o show "Maxixe Não é Samba", no Bar Dama da Noite. Nesse mesmo ano, lançou o CD "Maxixe Não é Samba". O disco, com produção artística de Marília Trindade Barbosa, contou com arranjos e direção musical de João de Aquino e com as composições "Braço de Cera""Cabide de Molambo" (João da Baiana), "Coisa da Antiga"  (Wilson Moreira e Nei Lopes), "Com Que Roupa?" (Noel Rosa), "Disse-me-Disse" (Claudionor Cruz), "Eu Sou a Outra" (Ricardo Galeno); "Jura" (Sinhô), "Meu Amor Vou Lhe Deixar" (Orlando Vieira), "Moro na Roça" (Domínio Público), com participação de Xangô da Mangueira e João de Aquino"Mulher de Malandro" (Heitor dos Prazeres), "Pelo Telefone" (Donga e Mauro de Almeida), "Pergunte ao João" (Helena Silva e Milton Costa) e "Yaô" (Pixinguinha e Gastão Vianna). No encarte do CD, Ricardo Cravo Albin escreveu:

"O Instituto Cultural Cravo Albin se sente honrado em editar - junto com o MinC - esse primeiro disco de Vó Maria. Por todos os prismas, todas as maneiras, todos os motivos. E para não ter que alinhavar aqui (nem há espaço...) um arrazoado quase infinito de razões, que vão desde as históricas, passando pela estéticas, limito-me a algumas mais essenciais e mais objetivas:
1. Vó Maria representa uma inestimável referência cultural para este país, por vezes ingrato com a memória, especialmente dos artistas do povo e dos negros. Ela é viúva de Donga, o pioneiro que assinou o primeiro samba, embora amaxixado, o até hoje antológico "Pelo Telefone", em 1917. Mas não só, porque Vó Maria viu, participou e cantou (nunca profissionalmente, contudo) quase de tudo de lá pra cá.
2. Este é o primeiro disco (e logo um CD!) que ela grava - pimpona, lépida e fagueira - aos 92 anos de idade. Logo ela, que poderia (e deveria) ter registrado sua voz, a partir dos anos 20 (numa bolacha de cera, feita em gravação mecânica). Portanto, trata-se da mais antiga cantora do mundo a estrear em disco (recorde, quero crer, a ser registrado até no Guiness).
3. Este disco, que foi produzido pela paixão de Marília T. Barboza (biógrafa de CartolaCaymmiPaulo da Portela, entre outros) e pela competência de João de Aquino (que fez os arranjos, a direção musical, além de participar como violonista exímio que é) só pôde ser feito porque o Ministério da Cultura, através da Secretaria de Música e Artes Cênicas, o alavancou e o abrigou. Finalmente, e faço o registro com enorme prazer pessoal, está sendo lançado por Gilberto Gil, herdeiro dessas nobres tradições que vão do maxixe ao samba, à testa do Ministério da Cultura."

Martinho da Vila, Vó Maria e Ricardo Cravo Albin
Em 22/09/2003 lançou oficialmente o CD "Maxixe Não é Samba" na Sala Cecília Meirelles, no Rio de Janeiro. O show reuniu diversos convidados, entre eles Nelson SargentoXangô da MangueiraBeth CarvalhoDiogo NogueiraDalmo CasteloWilson MoreiraNei LopesCaio MárcioEliane Faria e Áurea Martins. O espetáculo contou com direção musical e arranjos de João de Aquino, além de apresentação e direção de Ricardo Cravo Albin.
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Das várias homenagens que recebeu, destacam-se:
  • Honra ao Mérito, pelo deputado estadual Jamil Haddad (em seu aniversário de 90 anos)
  • Mulheres Herdeiras de Zumbi, pela vereadora Jurema Batista
  • Medalha Pedro Ernesto, pelo vereador Edson Santos, na Câmara Municipal do Rio de Janeiro

Em 14/01/2004 submeteu-se à prova da Ordem dos Músicos tendo sido aprovada com nota 10, por unanimidade, sendo aceita no Sindicato dos Músicos Profissionais do Estado do Rio de Janeiro. Ainda em 2004 recebeu a "Moção de Aplausos e Reconhecimento", pela vereadora Edith Coimbra Braga Montebrunhuli, da Câmara Municipal de Mendes. A homenagem fez parte do "Projeto Flores em Vida", da Fundação Cultural de Mendes, com realização da Secretaria Municipal de Turismo e Desenvolvimento Econômico, sob o patrocínio da Prefeitura Municipal. Neste mesmo ano foi agraciada com a "Ordem do Mérito Cultural" das mãos do presidente Lula e do ministro da Cultura Gilberto Gil, em Brasília.

Foi homenageada com a "Medalha de Honra da Mulher" pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro no Dia Internacional da Mulher, com a "Medalha Nossos Griots", pelo Dia Internacional da Mulher Negra da América Latina e Caribe, com a "Medalha Pedro Ernesto", recebida das mãos do vereador Edson Santos.

Vó Maria e Monarco
Ainda em 2004 recebeu como convidada a cantora Mart'nália no show e projeto "Da Idade do Mundo", no Centro Cultural Banco do Brasil, em Brasília. Ao lado de Tânia Malheiros participou do projeto "Clássicos do Samba", no Teatro Municipal de Niterói, no Rio de Janeiro e acompanhada pelo grupo Passagem de Nível apresentou-se projeto "Choro na Praça", em Mendes, sua cidade natal. Na ocasião foi homenageada pelo projeto "Flores em Vida", da Fundação Cultural de Mendes. Ao lado de Dorina foi a convidada do projeto "Na Descendência do Samba", no Estudantina Café, em roda de samba comandada por  Diogo NogueiraMarcel Powell e Zé Inácio. Apresentou-se também ao lado de seu bisneto Felipe Santos, do neto Marcos Basílio e do Grupo Samba Urbano.

Em 2007 no evento "Da Cachaça ao Champanhe", criado pelo Instituto Cultural Cravo Albin (ICCA) celebrando os 70 anos da gravação do samba "Pelo Telefone", foi a figura central sendo brindada com cachaça e champanhe, acompanhada por, entre outros, Luiz Carlos da Vila e Carmélia Alves.

No ano de 2013, aos 102 anos de idade, foi homenageada na edição do "5° Concurso Nacional de Samba de Quadra", realizado no palco do Circo Voador, na Lapa, no centro do Rio de Janeiro. O concurso, no qual constavam em seu corpo de jurados, presidido por Ricardo Cravo Albin, Geraldo Carneiro e Paulo Roberto Direito, contou com apresentação da homenageada interpretando alguns sambas antológicos, inclusive, "Pelo Telefone". Em comemoração aos seus 102 anos, foi homenageada com uma exposição no Instituto Cultural Cravo Albin e o relançamento de seu disco "Maxixe Não é Samba".

Ainda em 2013, a jornalista Rosa Cass assinou a matéria "Benção, Vó do Samba!", na Revista Carioquice, do Instituto Cultural Cravo Albin. No ano seguinte, foi capa da Revista Carioquice, na qual foi incluída a matéria "Oh, Senhora Majestade", de Mônica Sinelli, com sete páginas dedicadas à cantora. A revista foi lançada no Instituto Cultural Cravo Albin, em evento promovido por sua neta Sônia Maria, intitulado "Viva a Vida", ocasião em que a homenageada cantou músicas de seu disco, além de interpretar composições inéditas de sua autoria.

Morte

Vó Maria morreu aos 104 anos, no Rio de Janeiro. Ela havia caído em casa e precisou fazer uma cirurgia no fêmur. De acordo com a assessoria de imprensa de Vó Maria. Ela chegou a ser operada no Hospital Salgado Filho, mas morreu ao chegar em casa, pouco depois de ter alta.

O velório ocorrerá no domingo, 17/05/2015, no Memorial do Carmo, Caju, entre 13:00 hs e 17:00 hs. Vó Maria será cremada na segunda-feira, 18/05/2015, às 12:00 hs.

Discografia

  • 2013 - Maxixe Não é Samba (Reedição - ICCA, CD)
  • 2003 - Maxixe Não é Samba (ICCA, CD)

Indicação: Miguel Sampaio

Selma do Coco

SELMA FERREIRA DA SILVA
(84 anos)
Cantora e Compositora

☼ Vitória de Santo Antão, PE (10/12/1930)
┼ Paulista, PE (09/05/2015)

Selma Ferreira da Silva, conhecida como Dona Selma do Coco ou simplesmente Selma do Coco, foi uma cantora e compositora brasileira.

Nascida em Vitória de Santo Antão, na Região da Mata de Pernambuco, no dia 10/12/1935, Selma travou conhecimento com a música tradicional pernambucana, em especial o coco de roda, desde a infância, nas festas juninas que frequentava com seus pais.

Aos 10 anos, mudou-se com a família para Recife. Casou-se muito jovem e, aos 30 anos, depois de ter um filho, Zezinho, e criar 13 sobrinhos, ficou viúva. Passou 15 anos no bairro da Mustardinha, ainda em Recife. De lá foi morar em Olinda, onde vendia tapioca. Para atrair os turistas e aumentar as vendas, cantava o coco enquanto trabalhava. Nas horas de folga passou a organizar rodas de coco e ficou famosa a partir do sucesso das rodas de coco que organizou nos fundos do seu quintal.

Nos anos 90 foi descoberta pelos jovens do movimento Manguebeat, como Chico Science, que começaram a elogiar suas músicas. Passou a se apresentar em festas populares, nas quais vendia fitas cassete gravadas artesanalmente com suas músicas.


Em 1996, apresentou-se pela primeira vez para um grande público, no Festival Abril Pro Rock. No ano seguinte, seu coco "A Rolinha" fez sucesso no carnaval de Recife e Olinda.

Gravou seu primeiro CD, "Minha História", em 1998, com músicas compostas em parceria com Zezinho. A gravação lhe valeu no ano seguinte o Prêmio Sharp.

Em 2001 foi a principal atração brasileira no 32º New Orleans Jazz & Heritage Festival, considerado o maior evento do gênero nos Estados Unidos. Apresentou-se acompanhada por três percussionistas e três vocalistas, teve seu show transmitido pela Rádio Pública de New Orleans. Apresentou-se também no Festival Lincoln Center, em New York.

Já conhecida em diversos países da Europa, em 2004, aos 68 anos, Selma integrou um grupo de artistas populares de Pernambuco, juntamente com Silvério Pessoa, entre outros, em 3 turnês internacionais, excursionando pela Europa, sendo dois meses só na Alemanha. O grupo foi convidado por diversos países para representar a música tradicional do Brasil em shows e eventos culturais. No mesmo ano lançou o CD "Jangadeiro".

Durante a excursão pela Europa, atendendo a um convite do Instituto Cultural de Berlim, gravou o disco "Heróis da Noite", ao lado de cantores africanos.

Era considerada a musa da nova geração da música de Pernambuco.

Em 2002 apresentou-se no Rio de Janeiro no Centro Cultural Ariano Suassuna.

 Morte

Selma do Coco faleceu às 16:50 hs de sábado, 09/05/2015. Ela teve falência múltipla dos órgãos após 29 dias de internamento no Hospital Miguel Arraes, em Paulista, PE. A cantora e compositora havia dado entrada no hospital após ter fraturado o fêmur em uma queda. Minutos antes da morte, Selma teve uma parada cardíaca, chegando a ser reanimada, mas não resistiu.

Durante a semana a cantora foi transferida para o Hospital da Restauração, onde passou por bateria de exames que detectou uma infecção urinária. Na quinta-feira, 23/04/2015, ela passou por uma cirurgia para correção da fratura. Desde então, vinha sendo tratada com diálise, após complicações nos rins.

O velório foi realizado no Clube Vassourinhas e o enterro aconteceu no Cemitério do Guadalupe, no domingo, 10/05/2015.

Selma do Coco tinha o título de Patrimônio Vivo de Pernambuco, ganhado em 2008 pela relevância da sua obra musical para a cultura popular do Estado.

Discografia

  • 1998 - Minha História (Paraddoxx, CD)
  • 2004 - Jangadeiro (Independente, CD)


Participações Em Coletâneas

  • Heróis da Noite
  • Cultura Viva
  • Pernambuco em Concerto

Indicação: Douglas Bachine