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Carlos Zéfiro

ALCIDES AGUIAR CAMINHA
(70 anos)
Ilustrador, Quadrinista, Compositor e Funcionário Público

☼ Rio de Janeiro, RJ (26/09/1921)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/07/1992)

Carlos Zéfiro, pseudônimo de Alcides Aguiar Caminha, com o qual ilustrou e publicou, durante as décadas de 1950 a 1970, histórias em quadrinhos de cunho erótico que ficaram conhecidas por "catecismos", foi um desenhista e funcionário público nascido no Rio de Janeiro, RJ, no dia 26/09/1921.

Alcides Aguiar Caminha, carioca boêmio, ilustrou e vendeu cerca de 500 trabalhos desenhados em preto e branco com tamanho de 1/4 de folha ofício (chegou a publicar num outro formato, 14 x 21 cm), um quadro por página contendo de 24 a 32 páginas que eram vendidos dissimuladamente em bancas de jornais, devido ao seu conteúdo porno-erótico, ficando conhecidos como "catecismos" e chegaram a tiragens de 30.000 exemplares.

Casado desde os 25 anos, com Serat Caminha, teve 5 filhos e sempre escondeu de toda a família sua atividade paralela de desenhista. Alcides aposentou-se como funcionário público do setor de Imigração do Ministério do Trabalho.

Sua identidade somente se tornou pública em uma reportagem de Juca Kfouri para revista Playboy (onde era editor na época) que foi publicada em 1991, um ano antes de sua morte.

Autodidata no desenho e concluinte do curso de segundo grau somente quando tinha 58 anos, manteve o anonimato sobre sua verdadeira identidade por temer ter seu nome envolvido em escândalo o que lhe traria problemas por se tratar de funcionário público submetido à Lei 1.711 de 1952 que poderia punir com a demissão o funcionário público por "incontinência pública escandalosa" e retirar os proventos com os quais mantinha a família.

Carreira

Os "catecismos" eram desenhados diretamente sobre papel vegetal, eliminando assim a necessidade do fotolito, e impresso em diferentes gráficas, em diferentes Estados da Federação, gerando, inclusive, diversos imitadores.

Em 1970, durante a ditadura militar, foi realizada em Brasília uma investigação para descobrir o autor daquelas obras pornográficas. Chegou-se a prender por três dias o editor Hélio Brandão, amigo do artista, mas a investigação terminou inconclusa.

Sem formação em desenho, seus quadrinhos eram naif e inspirados em quadrinhos românticos mexicanos publicados pela editora Editormex (cujas histórias possuíam apenas dois quadros por página) e em fotonovelas pornográficas de origem sueca.

O nome Carlos Zéfiro foi tirado de um autor mexicano de fotonovelas.

Para o jornalista Gonçalo Junior, os "catecismos" de Carlos Zéfiro não possuem nenhuma relação com os tijuana bibles, quadrinhos eróticos publicados nos Estados Unidos entre as décadas de 1930 e 1950, que usava como protagonistas personagens de desenhos animados, quadrinhos e até celebridades.

Além de seus trabalhos como ilustrador, Alcides Caminha foi compositor, inscrito na Ordem dos Músicos do Brasil e parceiro de Guilherme de Brito e Nelson Cavaquinho, com quem compôs quatro sambas para a Mangueira, entre eles os sucessos: "Notícia", gravado por Roberto Silva na década de 1950, e "A Flor e o Espinho".

Alcides Caminha revelou sua identidade nas páginas da revista Playboy em 1991, após saber que o quadrinista baiano Eduardo Barbosa havia declarado ser o verdadeiro Carlos ZéfiroEduardo Barbosa chegou a desenhar alguns "catecismos", entretanto Alcides Caminha foi identificado por Hélio Brandão. Em novembro do mesmo ano participou da I Bienal de Quadrinhos.

Em 1992 recebeu o Troféu HQ Mix, pela importância de sua obra.

Impacto na Cultura Popular

Na década de 1980, o quadrinista Sebastião Seabra adotou o pseudônimo Sebastião Zéfiro para não comprometer o trabalho que possuía como ilustrador de livros didáticos.

Sebastião Seabra conseguiu junto a Editora Maciota que fosse publicado o trabalho de Carlos Zéfiro (na época ainda no anonimato). Chegou a se especular que os artistas fossem parentes.

O jornalista Geraldo Galvão Ferraz foi um dos primeiros a escrever um artigo sobre Carlos Zéfiro, o cartunista e jornalista Ota publicou um livro sobre o quadrinista, Joaquim Marinho também escreveu um livro sobre Carlos Zéfiro.

Após sua morte, Carlos Zéfiro teve um trabalho publicado como homenagem póstuma em 1997 na capa e no encarte do CD "Barulhinho Bom - Uma Viagem Musical" da cantora Marisa Monte.

Em 1998, as vinhetas de abertura e intervalos do Video Music Brasil 1998, da MTV Brasil foram claramente inspiradas nos folhetins de sua obra.


Em agosto de 1999, em Anchieta, bairro em que morava, foi inaugurada a Lona Cultural Carlos Zéfiro, com show da Velha Guarda da Portela e Marisa Monte. A cantora e o jornalista Juca Kfouri, que revelou a verdadeira identidade de Carlos Zéfiro nas páginas da Playboy, são os padrinhos da Lona Cultural, fundada e dirigida por um grupo de artistas locais, que tinha à frente Adailton Medeiros.

Em 2005, a arquiteta Christianne Gomes defendeu como projeto final de graduação de Arquitetura e Urbanismo na Universidade Federal Fluminense, o projeto Centro Erótico Carlos Zéfiro, que visava a criação de um espaço na zona portuária do Rio de Janeiro onde as mais diferentes formas de sexo poderiam ser discutidas e/ou experimentadas. O projeto previa a criação de um museu erótico, vilas de prostituição, motel, cafés, cinemas, salas de exposições, um centro de tratamento de DST, um posto da delegacia de crimes sexuais e clínicas de psicologia avançada e foi recebido em 2006 pela Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro.

Em 2009, ao fazer uma crítica a corrupção do Senado Federal, o Jornal Extra do Rio de Janeiro publicou uma galeria de imagens por João Arruda e Ary Moraes inspiradas nos quadrinhos de Carlos Zéfiro.


Em janeiro de 2011, os trabalhos de Carlos Zéfiro foram expostos ao lado de outros quadrinhos eróticos do resto mundo no Museu do Sexo, em Nova York.

Em março de 2011, Carlos Zéfiro foi tema da peça de teatro "Os Catecismos Segundo Carlos Zéfiro" escrito e dirigido por Paulo Biscaia Filho.

Em outubro de 2018, o jornalista Gonçalo Junior publicou o livro "Deus da Sacanagem - A Vida e o Tempo de Carlos Zéfiro" (Editora Noir).

Inicialmente publicado de forma independente e sendo constantemente pirateado, a partir da década de 1980, os quadrinhos de Carlos Zéfiro passaram a ter reimpressões pelas editoras Maciota, Record (revistas editadas por Ota), Marco Zero.

Nos anos 2000, A editora Cena Muda publicou o primeiro quadrinho erótico de Carlos Zéfiro, "Sara", criado em 1949 no formato 16 x 23 cm. Segundo a editora Adda Di Guimarães, a revista é maior que os catecismo, já que a versão original foi publicada em formatinho.

Morte

Carlos Zéfiro faleceu no domingo, 05/07/1992, aos 70 anos, no Rio de Janeiro, RJ, no bairro de Anchieta.

Fonte: Wikipédia
FamososQuePartiram #CarlosZefiro

Djenane Machado

DJNANE VASCONCELOS MACHADO
(70 anos)
Atriz

☼ Rio de Janeiro, RJ (10/06/1951)
┼ Rio de Janeiro, RJ (23/03/2022)

Djenane Vasconcelos Machado foi uma atriz nascida no Rio de Janeiro, RJ, no dia 10/06/1951.

Filha de Carlos Machado, o rei da noite carioca nos anos 50 e 60, e da figurinista Gisela Machado, ela cresceu entre a produção de shows e espetáculos de teatro, já que sua mãe também era membro ativo da companhia.

Na televisão, onde faria a maior parte da sua carreira, Djenane Machado estreou em junho de 1968, na TV Globo, com a novela "Passo dos Ventos" de Janete Clair com supervisão de Glória Magadan, vivendo a personagem Hannah. Era uma daquelas trágicas histórias de amor com toques de magia negra e estrelada por Carlos Alberto e Glória Menezes.

Em 1969, Djenane Machado faz três telenovelas na TV Globo, "Rosa Rebelde", "A Ponte dos Suspiros" e "Véu de Noiva" e um filme, "A Penúltima Donzela".


Em "Rosa Rebelde", estrelada pelo casal Glória Menezes e Tarcísio Meira, e a última novela estilo dramalhão mexicano ou cubano da TV Globo, ela viveu a personagem Conchita. Em "A Ponte dos Suspiros", a estréia de Dias Gomes como autor de novelas, Djenane Machado viveu Branca e a dupla central era Yoná MagalhãesCarlos Alberto. Em "Véu de Noiva", a novela de Janete Clair que marcou a estréia de Regina Duarte na TV Globo e um novo período dramatúrgico na emissora com textos mais atuais e arejados, Djenane Machado conquistou o público com sua Maria Eduarda.

No cinema, onde marcou presença constante, Djenane Machado estreou em "A Penúltima Donzela", uma fita dirigida por Fernando Amaral e com Paulo Porto, Adriana Prieto, Carlo Mossy e ela nos principais papéis.

A novela seguinte foi em julho de 1970, também de autoria de Dias Gomes e ainda na TV Globo, "Assim na Terra Como no Céu", a estréia de Francisco Cuoco e Renata Sorrah na emissora. Djenane Machado interpretou Verinha, nesta que foi uma novela que conquistou a crítica e o público, que se acostumou a partir dela a ver telenovelas às 22h00.

Mas a consagração chegou em 1971 com a Lucinha Esparadrapo de "O Cafona", novela de Bráulio Pedroso. Ela foi inclusive tema de uma das principais músicas da trilha da novela, cantada por Betinho. A personagem de Djenane Machado era uma hippie e vivia em uma comunidade ao lado de Ary Fontoura, Carlos Vereza e Marco Nanini.

Na Primeira Versão de "A Grande Família"

Em 1972, Djenane Machado viveu a irrequieta Glorinha de "O Primeiro Amor", novela das 19h00 da TV Globo, que ficou famosa por ter sido o último trabalho do ator Sérgio Cardoso e por ter lançado a dupla Shazam (Paulo José) e Xerife (Flávio Migliaccio). A personagem de Djenane Machado era justamente do núcleo da dupla e a atriz pôde colocar sua veia cômica em funcionamento. No mesmo ano ela também teve papel de destaque no especial "Somos Todos do Jardim da Infância".

A participação no seriado "A Grande Família" vivendo Bebel na primeira temporada (1973/1974) fez com que Djenane Machado ganhasse projeção nacional mas também se tornou seu primeiro problema com a TV Globo. Afastada das novelas nesse período, Djenane Machado acabou se cansando do seriado, começou a chegar atrasada às gravações e desistiu de fazer a segunda temporada, sendo substituída de um dia para outro por Maria Cristina Nunes. A atitude da atriz não caiu bem na direção da emissora e ela ficou por dois anos na geladeira.

Nesse período, aproveitou para fazer cinema mais uma vez e estrelou duas comédias no estilo pornochanchada. A primeira foi "As Alegres Vigaristas" (1974), de Carlos Alberto de Souza Barros com Luiz Armando Queiróz, Elza Gomes, Amândio, José Lewgoy e Íris Bruzzi, e a segunda, uma sucesso de bilheteria, foi "Já Não se Faz Amor Como Antigamente" (1976) uma comédia formada por três episódios dirigidos por Anselmo Duarte, John Herbert e Hélio SoutoDjenane Machado tem uma sequência na praia no episódio "O Noivo" com John Herbert, que interpreta um eterno noivo que sempre desiste do casamento na hora H. Ela faz uma das noivas dele e que não para de falar um instante, deixando-o completamente aturdido.

Djenane Machado e o pai Carlos Machado
Sua volta à televisão se deu em 1976, em um papel escrito sob medida por Mário Prata para ela, na novela "Estúpido Cupido", um grande sucesso das 19h00 da TV Globo. Djenane Machado vivia mais uma Glorinha, a agora louca integrante da turma de jovens rebeldes da pequena cidade de Albuquerque, filha do delegado local, mas muito namoradeira e cheia de arrumar confusões com a turma e o namorado Caniço, interpretado por João Carlos Barroso. Para o grande público esse talvez tenha sido o seu papel mais marcante na televisão.

Entre uma novela e um filme, Djenane Machado participava de espetáculos montados pelo pai Carlos Machado como o show "Hip Hip Rio". Boa dançarina, ela também se arriscava como cantora, fez uma incursão na televisão como apresentadora do programa "Saudade Não Tem Idade", ao lado do ator Ney Latorraca, ainda na TV Globo.

Na TV Globo ela ainda fez duas novelas. Viveu Lenita Esper, filha de um palhaço decadente na novela "Espelho Mágico" (1977) de Lauro César Muniz, fazendo uma dupla perfeita com Lima Duarte, e a personagem Guiomar de "Ciranda de Pedra" (1981), uma adaptação de Teixeira Filho para a obra de Lygia Fagundes Telles.

A Carreira Longe da TV Globo

Com problemas para se afastar das drogas, Djenane Machado perdeu espaço na TV Globo e teve que procurar trabalho em outras emissoras. Entre uma novela e outra, ela ainda fez o filme "Sábado Alucinante", de Cláudio Cunha, ao lado de Sandra Bréa, outra atriz que começava a enfrentar problemas com a direção da TV Globo, por motivos semelhantes.

Em 1982, na TV Cultura, Djenane Machado teve a oportunidade de participar como atriz principal da novela "Música ao Longe", uma adaptação da obra de Érico Veríssimo, por Mário Prata.

Com dificuldades para voltar à televisão, por falta de convites, ela fez dois filmes, mas em papéis menores. O primeiro foi "Águia na Cabeça", de Paulo Thiago, em 1984, contracenando com Christiane Torloni e Nuno Leal Maia, e, dois anos depois, "Ópera do Malandro", do diretor Ruy Guerra, com Edson Celulari e Cláudia Ohana. No filme, Djenane Machado vive Shirley Paquete, uma das meninas do bordel de Otto Struedel, personagem vivida por Fábio Sabag.

A carreira de Djenane Machado encerrou na TV Manchete, com participações nas novelas "Tudo em Cima" (1985), de Geraldo Carneiro e Bráulio Pedroso, na qual vive Marilu, uma das principais personagens femininas, e interpretando Laureta, em "Novo Amor" (1986), de Manoel Carlos. A partir daí, Djenane Machado se retirou da carreira a fim de se submeter a tratamentos contra a dependência de álcool e anfetaminas. Ao mesmo tempo, dedicou-se a escrever um livro de poesia.

Djenane Machado foi casada duas vezes mas não teve filhos. Em maio de 2019, vivia de maneira simples e discreta, em seu apartamento, no Bairro Peixoto, Rio de Janeiro, em companhia de uma cuidadora.

Djenane Machado acompanhada de sua cuidadora
Morte

Djenane Machado faleceu na quarta-feira, 23/03/2022, aos 70 anos, de causas não reveladas, no Rio de Janeiro, RJ. Sua morte porém, só foi divulgada no dia 29/03/2022. Ela estava afastada da mídia há muitos anos.

Carreira

Televisão
  • 1986 - Tudo ou Nada ... Lourdes (Manchete)
  • 1986 - Novo Amor ... Laureta (Manchete)
  • 1985 - Tudo em Cima ... Maria Lúcia "Marilu" (Manchete)
  • 1982 - Música ao Longe ... Clarissa/Zulmira (Cultura)
  • 1981 - Ciranda de Pedra ... Guiomar (Globo)
  • 1978 - Saudade Não Tem Idade ... Apresentadora (Globo)
  • 1977 - Espelho Mágico ... Lenita Esper / Neide (Globo)
  • 1976 - Estúpido Cupido ... Glorinha (Globo)
  • 1972 - A Grande Família ... Maria Isabel "Bebel" (Globo)
  • 1972 - O Primeiro Amor ... Glorinha (Globo)
  • 1971 - O Cafona ... Lúcia Esparadrapo (Globo)
  • 1970 - Assim na Terra como no Céu ... Verinha (Globo)
  • 1969 - Véu de Noiva ... Maria Eduarda (Globo)
  • 1969 - Rosa Rebelde ... Conchita (Globo)
  • 1969 - A Ponte dos Suspiros ... Bianca (Globo)
  • 1968 - Passo dos Ventos ... Hanna (Globo)

Cinema
  • 1986 - Ópera do Malandro ... Shirley Paquete
  • 1984 - Águia na Cabeça ... Amiga de Rose
  • 1979 - Sábado Alucinante ... Baby
  • 1976 - Já Não Se Faz Amor Como Antigamente ... Helô (Segmento: "O Noivo")
  • 1974 - As Alegres Vigaristas
  • 1969 - A Penúltima Donzela ... Wanda

Fonte: Wikipédia
#FamososQuePartiram #DjenaneMachado

Darci Rossi

DARCI ROSSI
(70 anos)
Cantor e Compositor

☼ Guaxupé, MG (1947)
┼ Valinhos, SP (20/01/2017)

Darci Rossi foi um cantor e compositor de música sertaneja nascido em Guaxupé, MG em 1947.

Filho de João Rossi e Natércia Boldrini Rossi, nasceu na cidade de Guaxupé, MG, mas com um ano de idade foi morar em São Caetano do Sul, SP.

Darci Rossi teve um início de vida adulta com dificuldades. A mãe faleceu quando ele tinha 18 anos e o rapaz teve de ajudar na criação de alguns dos irmãos, que eram oito.

Trabalhou na General Motors, onde entrou em 1969 e em 1977 chegou a ocupar a gerência do Banco GM. Nesta função, conheceu dois jovens clientes que estavam procurando financiamento para comprar um carro modelo Chevrolet Opala. Estes jovens eram Chitãozinho & Xororó em início de carreira. A amizade entre os três iniciou, porque Darci já compunha letras de músicas, entusiasmando a dupla pela qualidade dos versos que escrevia.

Foi neste período que nasceu o compositor Darci Rossi, dono de mais de 400 canções gravadas e responsável pelos maiores sucessos das duplas Chitãozinho & Xororó, principalmente "Fio de Cabelo", João Paulo & DanielJoão Mineiro & Marciano, entre tantos outros.


Em 1979, Chitãozinho & Xororó gravaram a polca "Tudo Está Desarrumado" (Darci RossiMarciano), a rancheira "Nosso Filho Com Quem Vai Ficar" (Darci Rossi e Marciano) e o rasqueado "Pensando em Voltar" (Darci RossiXororó e Bekeké), "Amor Perigoso" (Darci Rossi e Waldemar de Freitas Assunção), a polca "Noites do Passado" e "60 Dias Apaixonado" (Darci Rossi e Constantino Mendes "Chamamé"), em disco do mesmo nome.

Em 1981, Chitãozinho & Xororó gravaram o rasqueado "Pais e Filhos", o huapango "Não Consigo Repartir Você"  e a rancheira "Amor a 3", todas composições de Darci Rossi com Marciano, e a polca "Vida e Saudade" (Darci Rossi Chitãozinho).

Em 1982, Chitãozinho & Xororó gravaram "Somos Apaixonados" (Darci Rossi e Chitãozinho), que deu nome ao disco da dupla naquele ano e "Eu Quero é Amor". No mesmo ano gravaram a guarânia "Fio de Cabelo" (Darci Rossi e Marciano), que se tornou um dos maiores sucessos da música sertaneja em todos os tempos, abrindo o caminho para a nova onda sertaneja que tomou conta da música brasileira na década de 1980.

Em 1983, Ataíde & Alexandre gravaram "Fingindo Dormir" (Darci Rossi e Marciano).

Em 1984, Chitãozinho & Xororó gravaram "Minha Amiga" (Darci Rossi Chitãozinho), "Nossas Roupas" (Darci Rossi e Marciano), "Marcados" (Darci Rossi e Martinez), "A Carne é Fraca" (Darci Rossi e Xororó) e "Dizem Que Sou Velho" (Darci Rossi e Xororó), no disco "Amante".

Marciano e Darci Rossi
Em 1985, Chitãozinho & Xororó gravaram "Metade de Alguém" (Darci Rossi e Marciano) e "Ela Chora, Chora" (Darci Rossi, Alcino Alves e Xororó) no LP "Fotografia".

Em 1988, João Mineiro & Marciano gravaram "Crises de Amor" (Darci Rossi, Marciano e José Homero).

Em 1998, Chitãozinho & Xororó gravaram no disco "Na Aba do Meu Chapéu", "Ai Maria" (Daniel Moore), em versão de Darci Rossi, e "Te Esquecer é Impossível" (Darci Rossi e Chitãozinho).

Um de seus parceiros mais constantes foi Marciano, da dupla João Mineiro & Marciano, com quem compôs, entre outras, "Tudo Está Desarrumado", "Filho de Jesus", "Na Metade da Vida", "Momentos Especiais" e "Valeu a Pena".

Em 2008, teve a sua música "Estrada do Amor" (Darci Rossi e Alexandre) gravada pela dupla Zezé di Camargo & Luciano. Teve a música "Quem Disse Que Te Esqueci" (Darci Rossi e Alexandre), gravada pela dupla Milionário e José Rico, no DVD "Atravessando Gerações". Ainda em 2008, participou da gravação do DVD "Inimitável - 15 Anos de Carreira Solo", de Marciano, seu parceiro de composições, cantando "Fio de Cabelo" (Darci Rossi e Marciano).

Darci Rossi e seu amigo Antônio Julio Pedroso de Moraes
A composição "Fio de Cabelo" (Darci Rossi e Marciano), desde os anos 1980, é uma das músicas mais regravadas do estilo sertanejo, e tornou-se uma referência do segmento a partir dos anos 2000. Entre mais de 40 nomes que já gravaram a música, estão Bruno & Marrone, Fábio Júnior, Chitãozinho & Xororó, Tinoco & Zé Paulo, Ivan Villela, Zezé di Camargo & Luciano, Leonardo, entre vários outros.

Em 2009, Darci Rossi foi homenageado com a concessão do título de Cidadão Honorário do município de Valinhos e em 2010, com o Diploma de Mérito Cultural e Artístico Adoniran Barbosa, também concedido pela câmara de Valinhos, pelo "Seu trabalho, dedicação e altruísmo, divulgando a música sertaneja e o município onde vive".

Em 2010, Chitãozinho & Xororó gravou "Comendo Em Sua Mão" (Darci Rossi e Alexandre), no CD "Double Face", lançado pela Sony Music. O disco recebeu indicação ao prêmio Grammy Latino do mesmo ano.

Em 2017, teve "Fio de Cabelo" (Darci Rossi e Marciano) incluída no repertório da peça teatral "Bem Sertanejo - O Musical", estrelada por Michel Teló e dirigida por Gustavo Gasparani. O espetáculo esteve em cartaz em diversas cidades brasileiras, entre elas São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte e Ribeirão Preto.

Fio de Cabelo

Apesar da personalidade tímida e do jeito humilde, com a caneta nas mãos criava mundos, histórias de amor e cenários em poesias para a música sertaneja. Foi assim que, no ano de 1982, escreveu:
"E hoje, o que encontrei me deixou mais triste, um pedacinho dela que existe, um fio de cabelo no meu paletó!"
A música "Fio de Cabelo" foi escrita em 40 minutos, uma parceria que Darci Rossi assinou com Marciano. Gravada por Chitãozinho & Xororó, ultrapassou as barreiras até então nunca alcançadas pelo gênero, abrindo as portas para o que viria ser um fenômeno musical de massa, e que se sustenta nesses moldes, com algumas variações, até os dias de hoje.

Darci Rossi era gerente do Banco GM, no final dos anos 1970, quando foi procurado pelos jovens irmãos Chitãozinho & Xororó. Os cantores com nome de passarinho já faziam considerável sucesso, mas o Fusca que os transportava já não estava dando mais conta do recado e eles queriam financiar um novo carro. Nesta época, os irmãos moravam em Mauá, também no Grande ABC.

Na conversa para negociar a compra do carro, foram informados que o gerente também era escritor e que fazia belas rimas e versos. Xororó perguntou se ele não poderia colocar letra em uma música. Tempos depois, após algumas trocas de ideias, nascia sua primeira composição ao lado da dupla: "Querida" (1977).


A amizade já estava firmada. Darci Rossi e a esposa são, inclusive, padrinhos de casamento tanto de Xororó, quanto de Chitãozinho.

Quando da mudança para a GM em Campinas, no início dos anos 1980, a dupla passou a visitar o compadre e, após simpatizar tanto com a cidade, transferiram-se para Campinas, onde vivem até hoje.

"Todos costumam dizer que existe uma música sertaneja antes e outra depois de 'Fio de Cabelo'", relatou Xororó em depoimento ao documentário da TV Câmara de Valinhos.

Quando a música foi lançada, em 1982, os irmãos já carregavam um destaque inédito ao gênero musical, pois seu último álbum, "Amante Amada" (1981) havia alcançado 400 mil cópias vendidas, o que era um feito para a época.

"'Fio de Cabelo' rompeu todas as barreiras do preconceito, triplicou essa venda para 1,5 milhão de discos (...) Ultrapassou o limite do ouvinte do sertanejo, abriu as portas de rádios FM onde, até então, esses artistas só eram divulgados pelas emissoras AM, televisão em horário nobre e não apenas para nós dois, mas para o estilo musical inteiro", complementou Chitãozinho, no mesmo vídeo.


O escritor Alonso também reforçou as dimensões do sucesso desse álbum. "Até então, poucos artistas haviam vendido um milhão de exemplares de um disco, tendo sido Roberto Carlos o primeiro, em 1977", disse.

Um detalhe interessante na biografia de Darci Rossi é que, mesmo tendo escrito em parceria sucessos como "Fio de Cabelo", "60 Dias Apaixonado", "Crises de Amor", "Deixei de Ser Cowboy Por Ela" e outros tantos sucessos, e apesar de receber pelos direitos autorais dessas produções, o compositor teve sempre de trabalhar em outras atividades para garantir o sustento da casa.

"Acho que se meu pai fosse compositor fora do Brasil ele seria um trilhardário", comentou a filha Lissandra, ressaltando que o pai foi funcionário da GM, dono de concessionária, de padaria e só nos últimos dez anos é que estava, de fato, vivendo apenas das suas composições.

Darci Rossi foi casado com Sônia Maria e tiveram quatro filhos.

Morte

Darci Rossi faleceu às 6h30 de sexta-feira, 20/01/2017, aos 70 anos, em Valinhos, SP, vítima de infecção pulmonar. Ele estava internado em um hospital de Valinhos, no interior de São Paulo.

A informação foi confirmada por Marcelo Rossi, filho do compositor.
"Ele esteve internado dos dias 23 a 25 de dezembro de 2016. Teve uma melhora, estava em casa. Na última terça-feira, 17/01/2017, teve uma recaída, foi direto para a UTI e hoje à 06h30 veio a óbito!"
O velório de Darci Rossi aconteceu na sexta-feira, 20/01/2017, a partir das 15h00 e, o sepultamento, no sábado, 21/01/2017, às 10h00 no cemitério São João Batista, em Valinhos, SP.

Darci Rossi deixou a esposa Sônia Maria, quatro filhos, seis netos e um legado de mais de 400 composições.

Em um áudio bastante emocionado, Marciano afirmou ter perdido um grande amigo, com quem iniciou a carreira, ainda nos anos 1970.
"Estou arrasado, chorando o tempo todo", disse o cantor, "foram tantas as músicas que a gente gravou e cantou, nossa história foi maravilhosa. Ele era extremamente inteligente, tudo o que a gente falava para ele dava certo, ele desenvolvia os temas com a maior clareza, com nitidez!"
(Marciano)

#FamososQuePartiram #DarciRossi

Marquinhos

MARCO ANTÔNIO EUGÊNIO MARTINI
(70 anos)
Ator e Humorista

☼ Juiz de Fora, MG (03/07/1948)
┼ São Paulo, SP (30/03/2019)

Marco Antônio Eugênio Martini, mais conhecido como Marquinhos, foi um ator e humorista nascido em Juiz de Fora, MG, no dia 03/07/1948.

Marquinhos era uma das estrelas do programa João Kleber Show, da RedeTV!, e ficou famoso com a atuação em pegadinhas e pelo bordão "O que, o que, o que, rapaz!", que serviu até como lema de sua campanha para vereador por São Paulo em 2016.

Marquinhos também interpretou o personagem Quinho, no seriado "Vila Maluca".

Marquinhos foi candidato a vereador por São Paulo nas eleições de 2016, mas fez apenas 392 votos e não se elegeu.

Morte

Marquinhos, faleceu na tarde de sábado, 30/03/2019, aos 70 anos, em São Paulo, SP, vítima de falência múltipla de órgãos. Marquinhos estava hospitalizado no Hospital das Clínicas em tratamento contra um câncer no cérebro, descoberto no final de 2018.

Em março de 2019, Marquinhos passou por uma cirurgia, que resultou em complicações.

O corpo de Marquinhos foi velado por familiares e amigos no Cemitério da Quarta Parada, na Zona Leste de São Paulo.

Nas redes sociais, a produção do João Kleber Show fez uma homenagem a Marquinhos:
"Hoje dizemos adeus a uma pessoa maravilhosa que encheu nossas vidas de magia e alegria. Sua marca jamais será apagada, passe o tempo que passar, e a saudade para sempre fará parte da nossa vida. Esta é uma despedida triste, mas é também um momento para recordarmos com amor uma pessoa muito especial que já não está entre nós. Vá com Deus Marquinhos, descanse em paz!"
Fonte: R7
#FamososQuePartiram #Marquinhos

Cidinha Milan

MARIA APARECIDA MILAN
(70 anos)
Atriz

☼ São Paulo, SP (03/01/1948)
┼ São Paulo, SP (01/06/2018)

Maria Aparecida Milan, cujo nome artístico era Cidinha Milan, também conhecida como Aparecida Milan, foi uma atriz nascida em São Paulo, SP, no dia 03/01/1948. Cidinha Milan atuava há mais de 40 anos no teatro, cinema e televisão.

Sua carreira começou nos anos de 1970 e em 1975, a atriz protagonizou o primeiro nu da televisão brasileira, na novela "Gabriela", quando interpretava a personagem Chiquinha. Ela é expulsa de Ilhéus com Juca Viana, Pedro Paulo Rangel. Os dois foram descobertos pelo coronel que a mantinha, Coriolano RibeiroRafael de Carvalho. Inegavelmente foi uma sequência histórica, especialmente para a época. O primeiro nu frontal da nossa teledramaturgia.

Na versão censurada de "Roque Santeiro", em 1975, Cidinha ganhou o papel do peão João Ligeiro, irmão de Roque Santeiro interpretado por Francisco Cuoco. Contudo, o público não pôde acompanhar este seu trabalho.

Em "Tieta", novela de 1989, Cidinha Milan viveu Cora, conhecida dos aficionados pela declaração de que via novelas, mesmo sem gostar, apenas para poder falar mal delas. A atriz esteve ainda em "Sem Lenço, Sem Documento" (1977) e "Corpo a Corpo" (1984), na TV Globo.


Em 1987, participou da novela "Carmem", de Glória Perez para a Rede Manchete. Ainda, integrou o elenco de "Uma Rosa Com Amor" (2010) e "Amor e Revolução" (2011), ambas no SBT.

No campo das minisséries participou de "Rabo-de-Saia" (1984) e "As Noivas de Copacabana" (1992).

Cidinha Milan atuou, com destaque, em "Coração Alado" (1980), na minissérie "Memórias de um Gigolô" (1986), no seriado "Sandy & Junior" (1998/2001), no papel da professora conservadora Elvira. Em 2006, participou da 13ª temporada de "Malhação".

Entre as montagens teatrais das quais Cidinha Milan participou, destaca-se "A Aurora da Minha Vida", de Naum Alves de Souza. Com ela, Marieta Severo, Pedro Paulo Rangel, Stela Freitas, Analu Prestes, Mário Borges e Roberto Arduin. Ainda, outros trabalhos nos palcos foram "Ópera do Malandro", de Chico Buarque, e "As Três Irmãs", de Tchekhov.

Entre 2012 e 2018, Cidinha Milan integrou o elenco do quadro "Os Velhinhos Se Divertem" do Programa Silvio Santos.

Morte

Cidinha Milan faleceu no dia 01/06/2018, aos 70 anos, em São Paulo, SP, vítima de câncer. No entanto, a notícia de sua morte só foi revelada no dia 25/06/2018 pela atriz Analu Prestes por meio do Facebook.

Carreira

Televisão
  • 1975 - Gabriela ... Francisca Viana (Chiquinha)
  • 1975 - Pecado Capital ... Maria de Lourdes
  • 1977 - Sem Lenço, Sem Documento ... Iara
  • 1979 - Malu Mulher
  • 1979 - Plantão de Polícia ... Janete (Episódio: "Inimigo Público")
  • 1979 - Carga Pesada ... Dadá
  • 1980 - Coração Alado ... Teresa Petrone (Teresinha)
  • 1983 - Champagne ... Zenilda
  • 1984 - Rabo-de-Saia ... Totéia
  • 1984 - Corpo a Corpo ... Neide Aparecida da Silva Muniz
  • 1986 - Memórias de um Gigolô ... Diva
  • 1987 - Carmem ... Pilar Pires de Albuquerque
  • 1989 - Tieta ... Cora Reis
  • 1992 - As Noivas de Copacabana ... Maria
  • 1992 - Você Decide (Episódio: "Morte em Vida")
  • 1996 - Você Decide (Episódio: "O Silêncio da Noite")
  • 1998/2001 - Sandy & Junior ... Professora Elvira
  • 2006 - Malhação ... Rosa
  • 2010 - Uma Rosa Com Amor ... Genoveva
  • 2011 - Amor e Revolução ... Madame Lola Fagundes
  • 2012/2018 - Programa Silvio Santos ("Os Velhinhos Se Divertem")
  • 2014 - Pé na Cova ... Dona Samira Santino (Episódio: "A Imagem Mais Bela")
  • 2015 - O Negócio ... Dona do Casarão

Cinema
  • 1975 - O Casamento ... Maria Inês
  • 1976 - Assuntina das Amérikas ... Amiga
  • 1983 - O Rei da Vela

Teatro
  • 1972 - As Três Irmãs (1972)
  • 1978 - Ópera do Malandro
  • 1982 - Aurora da Minha Vida

Fonte: WikipédiaObservatório da Televisão
#FamososQuePartiram #CidinhaMilan

Célia

CÉLIA REGINA CRUZ
(70 anos)
Cantora

☼ São Paulo, SP (08/09/1947)
┼ São Paulo, SP (29/09/2017)

Célia Regina Cruz, mais conhecida como Célia, foi uma cantora brasileira nascida em São Paulo, SP, no dia 08/09/1947.

Célia estudou violão clássico e popular, harmonia, teoria e composição. Ela foi revelada em 1970 no programa de televisão "Um Instante, Maestro!", comandado pelo controvertido apresentador Flávio Cavalcanti.

Célia tornou-se conhecida com a gravação de "Onde Estão Os Tamborins", na década de 1970. Vendeu mais de 70 mil cópias e ganhou diversos prêmios como o Roquete Pinto e o Elena Silveira, além de vários discos de ouro.

Em 1971, gravou seu primeiro LP, "Célia", contendo as faixas "To Be" (Joyce), "Abrace Paul McCartney" (Joyce), "David" (Nelson Ângelo), "Zózoio - Como É Que É" (Nelson Ângelo), "Blues" (Joyce e Capinan), "No Clarão Da Lua Cheia" (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro), "Durango Kid" (Toninho Horta e Fernando Brant), "Pelo Teletipo" (Ruy Maurity e José Jorge), "Adeus Batucada" (Sinval Silva), "Para Lennon e McCartney" (Márcio Borges, Lô BorgesFernando Brant) e "Fotograma" (Antônio Adolfo e Tibério Gaspar). Este disco foi contemplado com vários prêmios.

Lançou mais um disco em 1972, registrando as canções "A Hora É Essa" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), "Detalhes" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), "Toda Quarta-Feira Depois Do Amor" (Luís Carlos Sá e Zé Rodrix), "Vida De Artista" (Luís Carlos SáZé Rodrix), "Dominus Tecum" (Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle), "Ay Adelita" (Piry Reis e João Carlos Pádua), "Mia" (Armando Manzanero), "Na Boca Do Sol" (Arthur Verocai e Vítor Martins), "Em Família" (Tom e Dal), "É Preciso Dizer Adeus" (Tom Jobim e Vinícius de Moraes), "Dez Milhões De Neurônios" (Paulinho Nogueira e Zezinho Nogueira) e "Badalação (Bahia Volume 2)" (Nonato Buzar, Tom e Dito). Em seguida, participou de festivais de música realizados na Venezuela e no Uruguai.


Em 1975, gravou novo LP, contendo as faixas "Eu Te Amo Amor" (Francis HimeVinícius de Moraes), "Saudade De Amar" (Francis Hime e Vinícius de Moraes), "Não Há Porque" (Ivan Lins e Vitor Martins) e "Preciso De Silêncio" (Ivan Lins e Vitor Martins), "Pomba Branca" (Max e Vasco de Lima Couto), "Camisa Amarela" (Ary Barroso), "Samba-Canção Antigo" (Tito Madi), "Amor De Mentira" (Benito de Paula), "Canção Morrendo De Saudade" (Sérgio Bittencourt) e "Onde Estão Os Tamborins?" (Pedro Caetano).

Lançou, em 1977, seu quarto LP, registrando os sambas "Violão Amigo" (Bide e Marçal), "A Primeira Vez" (Bide e Marçal), "Mãe, Eu Juro" (Peteleco e Marques Filho), "A Mesma Estória" (Cartola e Élton Medeiros), "Eu Queria" (Mário Rossi e Roberto Martins), "Era Ela" (Peterpan e Russo do Pandeiro), "Meu Pranto Ninguém Vê" (Ataulfo Alves e Zé da Zilda), "Folhas Ao Ar" (Élton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho), "Ao Ouvir Esta Canção... Hás De Pensar Em Mim" (Francisco Mattoso e José Maria de Abreu), "Minhas Madrugadas" (Candeia e Paulinho da Viola), "O Que Se Leva Dessa Vida" (Pedro Caetano), "Eu Gosto De Pandeiro" (Zé da Zilda e Zilda do Zé), "Mundo De Zinco" (Wilson Batista e Nássara) e "Minha Embaixada Chegou" (Assis Valente). Nesse mesmo ano, estreou, no Teatro Pixinguinha, em São Paulo, o show "Por Um Beijo", em cartaz durante seis meses.

Em 1979, apresentou-se pelo Brasil pelo Projeto Pixinguinha, ao lado de Paulo Moura.

Gravou, em 1982, o LP "Amor", contendo as canções "Ave Perdida" (Francisco de Assis), "Fogo Por Favor" (Francisco de Assis), "Eu Te Amo" (Tom Jobim e Chico Buarque), "O Que Se Leva Dessa Vida" (Pedro Caetano), "Violão Amigo" (Bide e Marçal), "Mãe, Eu Juro" (Peteleco e Marques Filho), "Guarânia, Guarani" (Taiguara), "Onde Está Você" (Oscar Castro-Neves e Luvercy Fiorini), "Folhas No Ar" (Élton Medeiros e Hermínio Bello de Carvalho), "Ao Ouvir Esta Canção... Hás De Pensar Em Mim" (Francisco Mattoso e José Maria de Abreu), além da faixa-título, "Amor" (Ivan Lins e Vítor Martins).

Paulo Moura e a cantora Célia durante excursão do Projeto Pixinguinha em 1979
Em 1980, lançou o LP "Meu Caro", registrando "Açucena" (Ivan Lins e Vítor Martins), "Barcos" (Fernando de Oliveira e Rosa Passos), "Água De Moringa" (Wilson Moreira e Nei Lopes), "Não Houve Nada" (Filó e Sérgio Natureza), "Jardineiro" (Luiz Avellar e Fátima Guedes), "Por Uma Mulher" (Djavan), "Vuelve Mi Luz" (Sueli Costa e Capinan), "Sina De Cantor" (Tunai e Sérgio Natureza), "O Que Arde Cura" (Nathan Marques e Ana Terra), "Quem Tem Telhado De Vidro Está Sempre Bronzeado" (Aécio Flávio e Eliana Stoducto), além da faixa-título "Meu Caro" (Elodi).

Ainda na década de 1980, fez shows em teatros e casas noturnas, notadamente em São Paulo, entre os quais "Toda Delícia" (1980), "Fogo, Por Favor" (1982), "Força" (1983), ao lado de Rosa Maria e Miriam Batucada, e "Vento Bravo" (1984).

Em 1991, estreou o espetáculo "A Louca Do Bordel".

Lançou em 1993, o CD "Louca De Saudade", contendo as faixas "Passo Marcado" (Lula Barbosa e Ary Marcos), "Moleca" (Lula Barbosa e Ary Marcos), "Rio de Janeiro (Isto é o Meu Brasil)" (Ary Barroso), "Falando De Amor" (Tom Jobim), "2001 e Índio" (João Bosco e Aldir Blanc), "Guacyra" (Joracy Camargo e Hekel Tavares), "Não Vou Sair" (Celso Viáfora), "No Mesmo Colar" (Moacyr Luz, Aldir Blanc e Paulo Emílio), "Ave Maria" (Jayme Redondo e Vicente Paiva), "Na Minha Vez" (Amilson Godoy), "Geração" (Guilherme Rondon e Paulo Simões), "América Brasil" (Ivan Lins e Vítor Martins) e "Onde Estão Os Tamborins" (Pedro Caetano).

Dois anos depois, em 1995, atuou no espetáculo "Os Gordos Também Amam", dividindo o palco com José Maurício Machline.

Em 1996, comemorando 25 anos de carreira, apresentou no Espaço Vinicius de Moraes, em São Paulo, o espetáculo "Célia e Banda Son Caribe", cantando salsas, mambos e merengues.

Célia dividiu o palco do Tom Brasil, em São Paulo, com Zé Luiz Mazziotti, em 1998, no show "Ame", contendo um repertório de clássicos da música popular brasileira. Participou, também, de inúmeros shows a bordo de navios internacionais, em rotas turísticas pela costa brasileira e outros países da América Latina.


Em 2000, lançou, com Zé Luiz Mazziotti, o CD "Pra Fugir Da Saudade", contendo exclusivamente sambas de Paulinho da Viola: "Pra Fugir Da Saudade", "Onde a Dor Não Tem Razão""Timoneiro", "Cantoria", "Cadê a Razão", "Coração Leviano", "Minhas Madrugadas", "Tudo Se Transformou", "Coisas do Mundo Minha Nêga", "Argumento", "Pode Guardar As Panelas" e "Só o Tempo".

Em 2007, lançou, com o violonista Dino Barioni, o CD "Faço No Tempo Soar Minha Sílaba", contendo as canções "Muito Romântico" (Caetano Veloso), "Disritmia" (Martinho da Vila), "Geraldinos e Arquibaldos" (Gonzaguinha) e "Serra da Boa Esperança" (Lamartine Babo), entre outras. O disco contou com a participação de Zélia Duncan, Beth Carvalho, Dominguinhos, Lucinha Lins e Quinteto em Branco e Preto.

Celebrando 40 anos de carreira, Célia lançou, em 2010, o CD "Célia 40 Anos - O Lado Oculto Das Canções". No repertório as músicas "Vidas Inteiras" (Adriana Calcanhotto), canção incluída na trilha sonora da novela "Passione" da TV Globo, "Eternamente" (Tunai e Sérgio Natureza), "Vinho Antigo" (Cláudio Rabello e Dalto), "Não Vou Ficar" (Tim Maia), "Aqui" (Ana Carolina e Antônio Villeroy), "Desejo De Mulher" (Zélia Duncan e Hamilton de Holanda), "Se Não For Por Amor" (Benito Di Paula), "Cigarro" (Zeca Baleiro), "Apelo" (Baden Powell e Vinícius de Moraes), "Cantiga De Quem Está Só" (Jair Amorim e Evaldo Gouveia), "Êxtase" (Guilherme Arantes), "Meu Benzinho" (Ângela Ro Ro), "Não Se Vá" (Versão de Thina para música de Alain Bellec) e "Sonhos" (Peninha). O disco contou com a participação de Ogair Jr. (piano), Marcos Paiva (contrabaixo acústico), Dino Barioni (violão), Thadeo Romano (bandoneón), Toninho Ferragutti (acordeom), Nelton Essi (percussão), além de Ney Matogrosso, em dueto com a cantora na faixa "Não Se Vá".

Célia fez shows pelo Brasil, Itália, França e países da América Latina, chegando a fazer uma apresentação para o príncipe Rainier III em Mônaco.

Célia ficou quatro semanas liderando o programa "Qual é a Música?" do Programa Sílvio Santos.

Morte

Célia faleceu na noite de sexta-feira, 29/09/2017, aos 70 anos, em São Paulo, SP, vítima de câncer. Ela estava internada há cerca de um mês no Hospital Sancta Maggiore para o tratamento deste câncer.

O velório foi realizado na manhã de sábado, 30/09/2017, de 9h00 às 15h00 no Cemitério do Araçá, em São Paulo, e depois o corpo seguiu para a cremação no Cemitério da Vila Alpina.

Discografia

  • 2015 - Aquilo Que a Gente Diz (Independente / Tratore, CD)
  • 2010 - Célia 40 Anos - O Lado Oculto Das Canções (Som Livre, CD)
  • 2007 - Faço No Tempo Soar Minha Sílaba - Célia e Dino Barioni (Lua Music, CD)
  • 2000 - Pra Fugir Da Saudade - Célia e Zé Luis Mazziotti (CD)
  • 1993 - Louca De Saudade (Velas, CD)
  • 1983 - Meu Caro (Pointer, LP)
  • 1982 - Amor (Continental, LP)
  • 1977 - Célia (Continental, LP)
  • 1975 - Célia (Continental, LP)
  • 1972 - Célia (Continental, LP)
  • 1971 - Célia (Continental, LP)

Fonte: Wikipédia
Indicação: Miguel Sampaio
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Belchior

ANTÔNIO CARLOS GOMES BELCHIOR FONTENELLE FERNANDES
(70 anos)
Cantor e Compositor

☼ Sobral, CE (26/10/1946)
┼ Santa Cruz do Sul, RS (30/04/2017)

Antônio Carlos Gomes Belchior Fontenelle Fernandes, conhecido simplesmente como Belchior, foi um cantor e compositor brasileiro nascido em Sobral, CE, no dia 26/10/1946. Belchior foi um dos primeiros cantores de Música Popular Brasileira do nordeste brasileiro a fazer sucesso nacional, em meados da década de 1970.

Durante sua infância, no Ceará, foi cantador de feira e poeta repentista. Estudou música coral e piano com Acácio Halley. Seu pai tocava flauta e saxofone e sua mãe cantava em coro de igreja. Tinha tios poetas e boêmios. Ainda criança, recebeu influência dos cantores do rádio Ângela Maria, Cauby Peixoto e Nora Ney. Foi programador de rádio em Sobral.

Em 1962, mudou-se para Fortaleza, onde estudou Filosofia e Ciências Humanas. Começou a estudar Medicina, mas abandonou o curso no quarto ano, em 1971, para dedicar-se à carreira artística. Ligou-se a um grupo de jovens compositores e músicos, como Fagner, Ednardo, Rodger Rogério, Teti, Cirino entre outros, conhecidos como o Pessoal do Ceará.


De 1965 a 1970 apresentou-se em festivais de música no Nordeste.

Em 1971, quando se mudou para o Rio de Janeiro, venceu o IV Festival Universitário da Música Popular Brasileira, com a canção "Na Hora do Almoço", interpretada por Jorge Melo e Jorge Teles, para um de seus futuros clássicos, com a qual estreou como cantor em disco, um compacto da etiqueta Copacabana.

Em São Paulo, para onde se mudou, compôs canções para alguns filmes de curta metragem, continuando a trabalhar individualmente e às vezes com o grupo do Ceará.

Em 1972 Elis Regina gravou sua composição "Mucuripe" (Belchior e Fagner).

Belchior e Luiz Carlos Gomes Sobrinho
Atuando em escolas, teatros, hospitais, penitenciárias, fábricas e televisão, gravou seu primeiro LP em 1974, na gravadora Chantecler.

Em 1976, o segundo, "Alucinação", pela gravadora Polygram, consolidou sua carreira, lançando canções de sucesso como "Velha Roupa Colorida", "Como Nossos Pais", que depois foram regravadas por Elis Regina, e "Apenas Um Rapaz Latino-americano". Outros êxitos incluem "Paralelas", lançada por Vanusa, e "Galos, Noites e Quintais", regravada por Jair Rodrigues.

Em 1979 no LP "Era Uma Vez Um Homem e Seu Tempo" (Warner) gravou "Comentário a Respeito de John", uma homenagem a John Lennon, também gravada pela cantora Bianca.

Em 1983 fundou sua própria produtora e gravadora, Paraíso Discos, e em 1997 tornou-se sócio do selo Camerati.

Polêmicas

Em 2005, Belchior abandonou a então mulher Ângela para passar a viver com a Edna Prometheu depois de conhecê-la no ateliê do amigo comum Aldemir Martins. Posteriormente Belchior deixou de fazer shows e abandonado inclusive bens pessoais. Ele vinha enfrentando processos judiciais relacionados a pensões alimentícias de duas filhas e um processo trabalhista. Por causa desses processos Belchior teve contas bancárias bloqueadas e por isso estava impedido de retirar o dinheiro relativo aos direitos de suas músicas. O cantor se encontrava em Porto Alegre, tendo morado em hotéis, casas de fãs e mesmo em uma instituição de caridade.

Em 2009 a TV Globo noticiou um suposto desaparecimento do cantor. Segundo a emissora, o cantor havia sido visto pela última vez em abril de 2009, ao participar de um show do cantor tropicalista baiano Tom Zé, realizado em Brasília. Turistas brasileiros afirmam terem-no encontrado no Uruguai em julho do mesmo ano. As suspeitas foram confirmadas quando Belchior foi encontrado no Uruguai, de onde concedeu entrevista para o programa Fantástico, da TV Globo. Na entrevista, o cantor revelou não haver desaparecido e estar preparando, além de um disco de canções inéditas, o lançamento de todas as suas canções também em espanhol.

No ano de 2012 ele novamente desapareceu, juntamente com a sua mulher, de um hotel 4 estrelas na cidade de Artigas, no Uruguai. Deixou para trás uma dívida de diárias e pertences pessoais. Ao ser identificado passeando por Porto Alegre afirmou que as noticias sobre a dívida no Uruguai não seriam verdadeiras.

Morte

Belchior faleceu na noite de sábado, 29/04/2017, em Santa Cruz do Sul, RS, aos 70 anos. Familiares confirmaram o falecimento, entretanto, não informaram a causa da morte. O corpo deve ser trazido para o Ceará ainda hoje, 30/04/2017. O sepultamento deve ocorrer em Sobral, CE.

Em nota, o governador do Estado do Ceará, Camilo Santana, decretou luto oficial de três dias no Estado e reconheceu a importância de Belchior para a música brasileira:
Recebi com profundo pesar a notícia da morte do cantor e compositor cearense Belchior. Nascido em Sobral, foi um ícone da Música Popular Brasileira e um dos primeiros cantores nordestinos de MPB a se destacar no País, com mais de 20 discos gravados. O povo cearense enaltece sua história, agradece imensamente por tudo que fez e pelo legado que deixa para a arte do nosso Ceará. Que Deus conforte a família, amigos e fãs de Belchior. O Governo do Estado decretou luto oficial de três dias. 
Camilo Santana 
Governador do Ceará

O prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio também divulgou nota de pesar:
A cultura musical cearense e de todo o País, assim como outras expressões das nossas artes, perde uma das suas mais marcantes personalidades. Não há como aferir o tamanho dessa perda que, infelizmente, encerra um longo e grave período de ausência de Belchior entre nós. É hora de nos solidarizarmos com os parentes, amigos e fãs, dentre os quais me incluo, alem de manifestarmos a nossa eterna gratidão por este cearense ter trazido ao mundo uma poesia transcendente em todos os seus aspectos.
Roberto Claudio Rodrigues Bezerra
Prefeito de Fortaleza

A Associação Cearense de Imprensa também se manifestou em nota:
A Associação Cearense de Imprensa (ACI) expressa seu pesar pelo falecimento do cantor e compositor cearense Belchior. Suas canções constituem um legado representativo para a Música Popular Brasileira.

Excertos

"Só há uma coisa que o artista deve sempre fazer: desobedecer. Eu só acredito na dignidade do artista através da rebeldia."
"Quando a moçada pegou a mochila e meteu o pé na estrada, aí por 68, eu já vinha chegando de volta… Eu era pobre, vinha fugindo da escola, desde os 17 anos perambulava como andarilho e poeta apaixonado, dormindo embaixo das estrelas, transando com os cantadores, violeiros e loucos que vagam pela vida."
(Excertos da reportagem "Belchior, 12 anos de Música, Estrada e Rebeldia" - Revista Pop, 12/1975)

"Os artistas estão muito mesquinhos, tímidos, escolhendo lugares para cantar. Mas eu proponho uma ida para além dessas máscaras todas. Com um trabalho simples, direto, sem mistérios, minha preocupação é abrir um espaço em que se possam dizer coisas. O resto é papo furado."
"Não dou importância a essas críticas. São preocupações supérfluas, assim como é o sucesso, essa situação criada pelo público. Para mim, o que mais importa é que aparecendo na televisão, consigo mostrar a minha arte para milhões de pessoas. As pessoas exigem de mim um comportamento de superstar, mas eu prefiro seguir os ensinamentos da estrada."
(Depoimentos na reportagem Belchior: "Não visto máscara de superstar" - Revista Pop, 09/1977)

"Não gosto de músicas ou letras apenas contemplativas, passivas. Eu falo – e devo falar – dos enganos que nós, os jovens, sofremos por ver as nossas esperanças caírem por terra. Assim, não abro mão da agressão. Acho que é preciso fazer um trabalho irreverente e insolente. Caso contrário, vira aquele negócio de música de fundo de restaurante, sabe como é? As pessoas estão comendo e a arte serve apenas de relaxante, entretenimento. Facilitador da digestão."
"Não me interessa, como artista, produzir e criar pensando na eternidade da obra. Eu quero dar toques. Isso é fundamental para mim, pois o homem é o fim e o objetivo de si mesmo. Eternidade não é um dado humano, comum. Aliás, em qualquer nível é uma farsa, uma mentira. Sou contra. Eternidade é o tédio dos deuses, que gostariam de ser mortais. Minha ligação é com a terra."
"O meu disco tem um título que eu gosto, 'Alucinação'. Sabe, viver é mais importante que pensar sobre a vida. É uma forma de delírio absoluto, entende? A alegria, a ironia, a provocação, são tão importantes quanto sorrir, brincar, amar. Acho importante provocar. Um trabalho novo só aparece através da agressividade. Eu estou tranquilo quanto às consequências do meu trabalho. Acho importante que ele cause polêmica. É para desafinar mesmo! Desafinar sempre, que esse é o desafio. Hoje em dia, já não se pode mais criar sem correr riscos. E eu quero enfrenta-los."
"Aos 16 anos, eu não aguentei a barra, saí de casa, tentando buscar uma alternativa… Não vejo mal nenhum em sair por aí, botar o pé na estada. O nordestino tem a alma de emigrante, é uma ave de arribação, como diz Luiz Gonzaga. Agora, quem põe o pé na estrada precisa estar preparado para aguentar a barra. De 1971 até hoje, o negócio não foi fácil. Dormi em muita calçada. Segurei de perto a barra da Lapa (RJ). Senti fome e frio. Fiquei de pires na mão, nas salas de espera das gravadoras."
(Excertos de "Belchior: O que me interessa é amar e mudar” - Entrevista para Eduardo Athayde - Jornal Hit-Pop, 06/1976)

"Optei pelo trabalho, pois não dá para ficar curtindo as mágoas. Sei que nós somos de uma geração de pavor, de medo. Mas eu não curto essa miséria. O negócio é criar, a despeito da dor, da ferida, do machucado. Talvez, por isso, o resultado seja uma arte agressiva – a criatividade é um risco, não dá para criar sem perigo. Mas, mesmo assim, me interesso muito mais pela vida que pela arte, sacou?"
(Excerto da reportagen "Belchior, Sem Medo do Perigo" - Revista Pop, 03/1976)

"Eu não faço música partidária. Eu sou a favor de um recrudescimento das qualidades individuais, diante de qualquer instituição e também da instituição política. Tem governo, eu sou contra. Tem partido, eu sou contra. Eu não quero pertencer a partido, igreja, escola, a nenhum grupo institucional. Se eu pertenço a algum é por estrita obrigação da qual eu não posso fugir. Nós, os homens desse tempo, estamos humilhados pelas injunções do poder. Eu não quero poder nenhum. O poder é corruptor. Por natureza, o poder é avarento."
(Excerto da reportagem "Belchior, Como o Diabo Gosta" - Revista Música, 09/1979)


Discografia

  • 1971 - Na Hora do Almoço (Copacabana - Compacto)
  • 1973 - Sorry, Baby (Copacabana - Compacto)
  • 1974 - Mote e Glosa (Continental - LP/K7)
  • 1976 - Alucinação (Polygram - LP/CD/K7)
  • 1977 - Coração Selvagem (Warner - LP/CD/K7)
  • 1978 - Todos os Sentidos (Warner - LP/CD/K7)
  • 1978 - Pop Brasil (Warner Music / WEA)
  • 1979 - Era Uma Vez Um Homem e Seu Tempo (Warner - LP/CD/K7)
  • 1980 - Objeto Direto (Warner - LP)
  • 1982 - Paraíso (Warner - LP)
  • 1984 - Cenas do Próximo Capítulo (Paraíso/Odeon - LP)
  • 1986 - Um Show: 10 Anos de Sucesso (Continental - LP)
  • 1987 - Melodrama (Polygram - LP/K7)
  • 1988 - Elogio da Loucura (Polygram - LP/K7)
  • 1990 - Projeto Fanzine (Polygram - LP/K7)
  • 1991 - Divina Comédia Humana (MoviePlay - CD)
  • 1991 - Acústico (Arlequim Discos - CD)
  • 1993 - Baihuno (MoviePlay - CD)
  • 1995 - Um Concerto Bárbaro - Acústico Ao vivo (Universal Music - CD)
  • 1996 - Vício Elegante (Paraíso/GPA/Velas - CD)
  • 1999 - Autorretrato (BMG - CD)
  • 2002 - Pessoal do Ceará (Continental / Warner - CD)
  • 2008 - Sempre (Som Livre - CD)

Participações Especiais

  • 1979 - Massafeira

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