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Lidoka

MARIA LÍDIA MARTUSCELLI
(66 anos)
Cantora e Bailarina

☼ (1950)
┼ Rio de Janeiro, RJ (22/07/2016)

Maria Lídia Martuscelli, mais conhecida por Lidoka, foi uma cantora e bailarina brasileira. Fez parte do grupo As Frenéticas, formado por Leiloca Neves, Lidoka Martuscelli, Regina Chaves, Edyr Duque, Dhu Moraes e Sandra Pêra, que surgiu em 1976 no Rio de Janeiro, no auge das discotecas. Entre os sucessos cantados por elas estão "Perigosa", "Dancin' Days" e "Feijão Maravilha".

Lidoka foi uma das responsáveis por tornar famosa as músicas "Dancing Days", "Perigosa" e outras letras emblemáticas das décadas de 1970 e 1980.

As Frenéticas

As Frenéticas foram um grupo vocal feminino brasileiro formado por seis integrantes, que surgiu em 1976 no Rio de Janeiro, no auge do sucesso das discotecas.

1976 - 1981: Formação e Sucesso

Em 05/08/1976, o compositor e produtor musical Nelson Motta inaugurou num shopping no bairro da Gávea, Rio de Janeiro, a discoteca Frenetic Dancing Days, que se tornou a febre das noites cariocas.

Para servir as poucas mesas no espaço ocupado por uma enorme pista de dança, Nelson Motta teve a ideia de contratar garçonetes que, vestidas de malhas colantes, com saltos altíssimos e maquiagem carregada, fariam o atendimento, mas com uma inovação: no meio da noite, subiriam de surpresa ao palco, cantariam três ou quatro músicas, antes de voltar a servir.

Sandra Pêra, que era cunhada de Nelson Motta, casado com sua irmã, a atriz Marília Pêra, se interessou pela colocação e trouxe para o grupo as amigas Regina Chaves, Leiloca e Lidoka, que fizeram parte do conjunto Dzi Croquettes, e a cantora Dhu Moraes. Completou o sexteto, indicada pelo DJ da discoteca, a mulata Edyr de Castro, que tinha participado do elenco do musical "Hair".

Foi selecionado um repertório de cinco músicas e o grupo ensaiou com o músico Roberto de Carvalho, que então começava a namorar a roqueira Rita Lee.

Mas o sucesso das Frenéticas, como foram chamadas para associá-las ao nome da discoteca, foi tão grande, que milhares de frequentadores entusiasmados exigiam que elas cantassem cada vez mais.

Passaram a fazer shows de mais de uma hora e deixaram de ser garçonetes. O público foi capturado por uma combinação inusitada de humor picante, erotismo nas roupas e na letra das músicas, ritmo contagiante e uma performance esfuziante no palco. No seu primeiro sucesso, "Perigosa", o refrão "dentro de mim" repetido inúmeras vezes entre gemidos lúbricos e gritinhos histéricos, deu o tom de suas apresentações.

Com o fechamento da Frenetic Dancing Days, passaram a apresentar-se no Teatro Rival, atraindo um público mais diversificado. As Frenéticas foram as primeiras contratadas da gravadora Warner, que recém se instalava no Brasil. O primeiro compacto,  "A Felicidade Bate a Sua Porta" de Gonzaguinha, foi muito executado nas rádios. Em seguida, o primeiro LP "Frenéticas" vendeu 150 mil cópias rapidamente e recebeu um Disco de Ouro.

No final dos anos 70 conseguiram o feito inédito de emplacar o tema de abertura de duas novelas da Rede Globo, "Dancin' Days" (1978) e "Feijão Maravilha" (1979). Depois vieram mais três discos pela Warner.

1982 - 1984: Saída de Sandra e Regina e Separação

Em 1982, Sandra Pêra e Regina Chaves saem do grupo e o quarteto remanescente assina contrato com a gravadora Top Tape. Mas o único álbum lançado por este selo não fez sucesso e o grupo se desfez em 1984.

1992: Primeiro Retorno

O sexteto voltou a se reunir em 1992 para gravar o tema de abertura da novela "Perigosas Peruas" (1992), da Rede Globo, e duas músicas inéditas para uma coletânea de seus sucessos lançada em CD. Até então, a discografia do grupo era constituída apenas de LPs de vinil. Outra coletânea em CD foi lançada em 1999.

2001: Segundo Retorno

As Frenéticas voltaram em 2001 com nova formação. Do grupo original ficaram Lidoka, Edir e Dudu com uma particularidade: as três aconselhadas por uma numeróloga, mudaram seus nomes artísticos respectivamente para Lidia Lagys, Edyr Duqui e Dhu Moraes. As demais integrantes do grupo original não quiseram retornar, preferindo continuar nas atividades que exerciam: Regina, como produtora do humorista Chico AnysioLeiloca como astróloga e atriz; Sandra como diretora de teatro. As vagas foram preenchidas por Gabriela Pinheiro, Cláudia Borioni e Liane Maya.

Ao recusar o convite, Leiloca deixou registradas em seu sítio na Internet suas razões: Ela só participaria desta volta se houvesse uma infra-estrutura à altura. Um show com um diretor; um patrocinador; assessoria de imprensa; enfim, o básico. As razões de Leiloca parecem ter se confirmado, o retorno das Frenéticas passou quase despercebido do grande público.

2002 - 2016: Carreiras Individuais e Atividades Recentes

No dia 01/04/2011, a história do grupo foi contada no especial "Por Toda Minha Vida" da Rede Globo.

Três integrantes do grupo, Leiloca e Sandra como elas mesmas e Dhu como Valda, fizeram uma aparição na novela "Cheias de Charme" (2012).

Em julho de 2006, para comemorar os 30 anos das Frenéticas, o grupo se apresentou em São Paulo junto com o grupo franco-americano Santa Esmeralda, do sucesso "Don't Let Me Be Misunderstood".

Morte

Lidoka morreu na noite de sexta-feira, 22/07/2016, aos 66 anos, em sua casa em Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro. Ela lutava havia 10 anos contra um melanoma, tipo mais grave de câncer de pele.

Seu tratamento era paliativo, uma vez que a quimioterapia deixou de ser eficaz. Lidoka tornou-se uma defensora da Fosfoetanolamina Sintética, a polêmica "Pílula do Câncer", ainda em testes. Nas redes sociais, reivindicava a liberação da substância.

De acordo com a família, a artista teve um melanoma, mas havia sido curado. Em agosto de 2015, porém, ela descobriu uma "pinta nas costas", que originou uma metástase, atingindo o cérebro.

O filho dela, Igor Bandoca, deu a notícia em seu perfil do Facebook:

"Informo a todos que minha mãe, a eterna Frenética, voou há duas horas. Agora irá curtir as energias do céu! Que sorte tive em poder me despedir, aceitar e entender sua ida. Agradeço muito a todos, vocês ajudaram muito a seu espírito subir com paz. Foi super tranquilo, em paz. Como um passarinho, palavras do enfermeiro que estava acompanhando ela!"

Em carta aberta publicada na internet, Igor Bandoca homenageou a mãe. No texto, ele ressaltou a alegria de viver da cantora e do legado que ela deixou para fãs, familiares e amigos.

"Em carne, pode ser que não fique mais, até mesmo porque já estava cansada da maldade e destruição da natureza, mas de vida e alma estará pra sempre dentro de nós. É este nós que suplico que segurem em seus corações, pois realmente só ele me fará está em paz com tudo isto. Obrigado por ter vocês! E antes de mais nada, peço, por mais difícil que seja, que façamos comemorações festivas, dançantes e felizes. Dançar é bom, e faz bem a saúde. Dance bem, dance mal... Dance sem parar. Quem viveu lembra, quem não viveu terá em sua alma a energia dela que só exalava coisas boas. Assim como a mamãe, que nasceu também para ser uma divulgadora do inovar e do bem!"
(Um Trecho da Mensagem)

O velório acontecerá no domingo, 24/07/2016, a partir das 10h00 no Memorial do Carmo, no Caju, Rio de Janeiro. O corpo será cremado às 15h00.

Ex-companheira de grupo, Leiloca Neves escreveu uma mensagem de despedida em seu Instagram:

"Lidoka, taurina, guerreira, divertida, sua luta não foi em vão. Agora acabaram-se as limitações e você pode voar. Muita Paz e muita Luz, minha querida. A tristeza pra quem fica é muito grande, mas o que nos consola é que você agora está liberta. Todo o nosso amor, sempre!"
Discografia

Estúdio

  • 1977 - Frenéticas
  • 1978 - Caia na Gandaia
  • 1979 - Soltas na Vida
  • 1980 - Babando Lamartine
  • 1983 - Diabo a 4
  • 2001 - Pra Salvar a Terra


Coletâneas

  • 1992 - As Mais Gostosas das Frenéticas
  • 1999 - Sempre Frenéticas

Fonte: UOLO Globo e IstoÉ 
Indicação: Daniele Marinho e Miguel Sampaio    

Selma Reis

SELMA REIS
(55 anos)
Atriz e Cantora

☼ Rio de Janeiro, RJ (24/08/1960)
┼ Teresópolis, RJ (19/12/2015)

Selma Reis foi uma atriz e cantora brasileira. Moradora de São Gonçalo, no Rio de Janeiro, foi influenciada musicalmente pela família, que era ligada a rodas seresteiras.

Quando cursava a Faculdade de Comunicação Social, foi morar em Nantes, França, onde passou três anos. Nessa cidade, ingressou no curso de Letras e em alguns cursos de Música e de Técnica Vocal.

Em 1987, gravou o primeiro disco, "Selma Reis", interpretando composições de Sueli Costa, Capinam, Gereba, Geraldo Azevedo, entre outros. Na época, foi acompanhada ao piano por Eduardo Souto Neto.

Lançou, em 1990, o CD "Selma Reis".

Em 1991, lançou o disco "Só Dói Quando Eu Rio".

No ano de 1993, gravou, em Londres, o CD "Selma Reis", que teve como arranjador Grahaam Presket, o mesmo de Paul McCartney e Elton John.

Em 1996, lançou um CD só com composições de Gonzaguinha.


Participou, em 1999, do musical "Abre-alas", representando a personagem Mimi, ao lado de Rosamaria Murtinho. Logo depois de assistir ao musical, o diretor Jayme Monjardim convidou-a para participar da gravação de um clipe da minissérie "Chiquinha Gonzaga" (1999), da TV Globo, em homenagem à compositora brasileira. Ainda nesse ano, contratada exclusiva dos empresários Montenegro e Ramon, lançou o CD "Ares de Havana", gravado na capital cubana em apenas uma semana. Também em 1999, realizou show homônimo no Teatro da Faculdade da Cidade (Teatro Delfin), com roteiro de Ricardo Cravo Albin. Este mesmo espetáculo foi montado, em 2000, na ilha de Cuba, tendo sido muito bem recebido.

Em 2002, desenvolveu projeto para atuar ao lado da bailarina Ana Botafogo, em espetáculo de dança e voz. Ainda nesse ano estreou show no Teatro Rival Petrobrás, mais uma vez produzido por Montenegro e Ramon.

Em 2003 apresentou-se ao lado de Cauby Peixoto, no Teatro Rival Petrobrás, no Rio de Janeiro. O show, com direção e roteiro de Túlio Feliciano, gerou CD e DVD lançados pela gravadora Albatroz. No repertório, "Por Toda a Minha Vida" (Tom Jobim e Vinicius de Moraes), "Bastidores" (Chico Buarque), "Todo Sentimento" (Cristóvão Bastos e Chico Buarque), "Galope" (Gonzaguinha), "Beco do Mota" (Milton Nascimento e Fernando Brant) e "Emoções Suburbanas" (Altay Veloso e Paulo César Feital), canção feita especialmente para ela e que se tornou um de seus maiores sucessos.


Em 2009, lançou o CD "Poeta da Voz", com as canções "Banho de Manjericão" (João Nogueira e Paulo César Pinheiro), "As Forças da Natureza" (João Nogueira e Paulo César Pinheiro), "Bodas de Vidro" (Paulo César Pinheiro e Sueli Costa), "Cordilheiras" (Paulo César Pinheiro Sueli Costa), "Minha Missão" (João Nogueira e Paulo César Pinheiro), "Cicatrizes" (Paulo César Pinheiro e Miltinho), "Passatempo" (Paulo César Pinheiro e Guinga), "Bolero de Satã" (Paulo César Pinheiro Guinga), "Sem Companhia" (Paulo César Pinheiro Ivor Lancelloti), "Vou Deitar e Rolar" (Paulo César Pinheiro Baden Powell), "Tô Voltando" (Paulo César Pinheiro Maurício Tapajós), "Viagem" (Paulo César Pinheiro João de Aquino), "Velho Arvoredo" (Paulo César Pinheiro Hélio Delmiro), "Portela na Avenida" (Paulo César Pinheiro Mauro Duarte) e "Ofício" (Paulo César Pinheiro).
O disco contou com a participação do autor homenageado, Paulo César Pinheiro, na faixa "Ofício", de Diogo Nogueira na faixa "As Forças da Natureza" e Beth Carvalho na faixa "Portela na Avenida". Nesse mesmo ano, fez show de lançamento do disco na Modern Sound, no Rio de Janeiro.

Morte

Selma Reis morreu às 5h00min de sábado, 19/12/2015, aos 55 anos, no Hospital São José em Teresópolis, na Região Serrana do Rio de Janeiro. O corpo vai ser levado para Nova Friburgo, segundo informações da funerária em Teresópolis, ainda no sábado. Selma Reis será cremada na segunda-feira , 21/12/2015, no Cemitério dos Luteranos.

De acordo com a unidade de saúde, Selma Reis ficou internada várias vezes. A última internação durou 15 dias. O hospital informou que a atriz sofria de câncer, diagnosticado há dois anos, mas não revelou qual o tipo da doença.

Carreira

Televisão

  • 2009 - Caminho das Índias ... Mãe de Hamia
  • 2006 - Páginas da Vida ... Irmã Zenaide
  • 2001 - Presença de Anita (Minissérie) ... Cigana
  • 1999 - Chiquinha Gonzaga (Minissérie) ... Cantora

Cantora (Discografia)

  • 2009 - Poeta da Voz
  • 2007 - Sagrado (Deck Disc)
  • 2003 - Vozes - Selma e Cauby Peixoto (Albatroz/Trama)
  • 2002 - Todo Sentimento (Albatroz/Trama) Relançamento
  • 1999 - Ares de Havana (Velas/Universal)
  • 1996 - Achados e Perdidos (Velas/PolyGram)
  • 1995 - Todo Sentimento (Mza/Wea)
  • 1993 - Selma Reis (PolyGram)
  • 1991 - Só Dói Quando Eu Rio (PolyGram)
  • 1990 - Selma Reis (PolyGram)
  • 1987 - Selma Reis (Selo Independente/LScomm/PolyGram)

Marília Pêra

MARÍLIA SOARES PÊRA
(72 anos)
Atriz, Cantora, Bailarina, Produtora, Coreógrafa e Diretora Teatral

☼ Rio de Janeiro, RJ (22/01/1943)
┼ Rio de Janeiro, RJ (05/12/2015)

Marília Soares Pêra foi uma atriz, cantora e diretora teatral brasileira. Além de interpretar, ela cantava, dançava e atuava também como coreógrafa, produtora e diretora de peças e espetáculos musicais.

Filha dos atores Manuel Pêra e Dinorah Marzullo, Marília pisou no palco de um teatro pela primeira vez aos quatro anos de idade, ao lado dos pais, que integravam o elenco da companhia de Henriette Morineau.

Dos 14 aos 21 anos atuou como bailarina e participou de musicais e revistas, entre eles, "Minha Querida Lady" (1962), protagonizado por Bibi Ferreira. Segundo Marília Pêra, ela passou porque os diretores estavam procurando alguém que poderia fazer acrobacias, o que era raro naquela época.

Fez outras peças como "O Teu Cabelo Não Nega" (1963), biografia de Lamartine Babo, no papel de Carmen Miranda. Voltaria a viver o papel da cantora no espetáculo "A Pequena Notável" (1966), dirigido por Ary Fontoura. Também no "A Tribute To Carmen Miranda" (1975) no Lincoln Center, em New York, dirigido por Nelson Motta, na única apresentação "A Pêra da Carmem" no Canecão em 1986, e no musical "Marília Pêra Canta Carmen Miranda" (2005), dirigido por Maurício Sherman.


A primeira aparição na televisão foi em "Rosinha do Sobrado" (1965), na Rede Globo, e em seguida, em "A Moreninha" (1965).

Em 1967 fez sua primeira apresentação em um espetáculo musical, "A Úlcera de Ouro", de Hélio Bloch.

Em 1969, conquistou grande sucesso no papel da protagonista do drama "Fala Baixo Senão Eu Grito", com direção de Clóvis Bueno, primeira peça teatral da dramaturga paulista Leilah Assumpção. Pela interpretação da complexa personagem Mariazinha, solteirona virgem que vive em um pensionato de freiras, Marília recebeu o Prêmio Molière e também o Prêmio da Associação Paulista de Críticos Teatrais (APCT), atual Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA). Seu futuro marido Paulo Villaça interpretou o ladrão que numa noite pula a janela do quarto com a intenção de roubar. Na conversa entre os dois, que dura a noite toda, a solteirona revela ao público e a si mesma suas frustrações.

Em 1964, Marília Pêra derrotou Elis Regina num teste para o musical "Como Vencer Na Vida Sem Fazer Força", ambas ainda não eram conhecidas na época.

Em 1975, gravou o LP "Feiticeira", lançado pela Som Livre.

Marília Pêra é a atriz que mais atuou sozinha nos palcos, conseguindo atrair o público infantil para a difícil arte do monólogo. Além de Carmen Miranda, desempenhou nas telas e no palco papéis de mulheres célebres, como Maria Callas, Dalva de Oliveira, Coco Chanel e a ex-primeira dama do Brasil Sarah Kubitschek.


A estreia de Marília Pêra como diretora aconteceu em 1978, na peça "A Menina e o Vento", de Maria Clara Machado.

Marília Pêra casou-se pela primeira vez aos 17 anos, com o primeiro homem a beijá-la, o músico Paulo da Graça Mello, morto num acidente de carro em 1969. Aos 18 anos, foi mãe de Ricardo Graça Mello. Mais tarde, foi casada com o ator Paulo Villaça, parceiro em "Fala Baixo Senão Eu Grito", e com Nelson Motta, com quem teve as filhas Esperança e Nina.

Em declaração feita ao "Fantástico" em 2006, pegando carona no sucesso de sua personagem Milú, na novela "Cobras & Lagartos", Marília Pêra relatou sobre a carreira e disse que não suportava contracenar com atores de mau hálito e chulé. Ela comentou que há muitos atores que não se preocupam com a higiene, sem citar nomes (foi uma indireta para seu par romântico na novela, Herson Capri). Marília Pêra alegou que nunca se achou bonita e que sempre foi desengonçada.

Nos anos 60, chegou a ser presa durante a apresentação da peça "Roda Viva" (1968) de Chico Buarque e obrigada a correr nua por um corredor polonês. Foi presa uma segunda vez, visto que era tida como comunista, quando policias invadiram a residência, assustando a todos, inclusive o filho de sete anos, que dormia.


Em 1992, apresentou o musical "Elas Por Elas", para a TV Globo. Ao lado da cantora Simone e de Cláudia Raia, tornou público o apoio ao candidato Fernando Collor de Mello, nas eleições de 1989.

Em 2008, foi protagonista do longa-metragem, "Polaróides Urbanas", de Miguel Falabella, onde interpretou duas irmãs gêmeas.

Em 2009, foi escalada para viver a hippie Rejane Batista na minissérie "Cinquentinha", de Aguinaldo Silva. Após várias cenas gravadas, a atriz desistiu do papel, causando mal estar nos corredores da TV Globo. No lugar de Marília Pêra, entrou a atriz Betty Lago que se encaixou perfeitamente no papel, sendo muito elogiada pela crítica. Algumas notícias dizendo que o motivo para não querer seguir com a interpretação foi não se sentir à vontade com o papel, circularam na época.

Desde abril de 2010 integrou o elenco da série "A Vida Alheia", de Miguel Falabella, na TV Globo, como Catarina.

Em janeiro de 2013 ocorreu a estreia do seriado "Pé Na Cova", em que Marília Pêra interpreta Darlene, que é maquiadora da funerária do ex-esposo Russo (Miguel Falabella), e que vive no subúrbio.

Em abril de 2014, por conta de problemas pessoais, a atriz deixou o seriado, retornando às gravações no dia 11/06/2014.

Morte

Marília Pêra morreu às 06h00 de sábado, 05/12/2015, aos 72 anos, em sua casa, na Zona Sul do Rio de Janeiro. A causa da morte ainda não foi divulgada. Em novembro de 2015, foi noticiado que Marília Pêra estava com câncer em estágio avançado no pulmão. No último ano, ela passou por tratamento de um desgaste ósseo na região lombar e chegou a ficar afastada da TV por cerca de um ano.

O velório da atriz será no sábado, 05/12/2015, no Teatro Leblon, sala Marília Pêra, Rua Conde de Bernadote, 26 - Leblon, a partir das 13h00.

O velório da atriz será no sábado, 05/12/2015, no Teatro Leblon, na sala que leva seu nome, a partir das 13h00.

Marília Pêra deixou os filhos Ricardo Graça Mello, Esperança Motta, Nina Morena e o marido Bruno Faria.

No início de novembro de 2015, a jornalista carioca Hildegard Angel, amiga pessoal da atriz, postou em seu blog que o estado de saúde da atriz era delicado: "Marília inspira cuidados extremos, está no balão de oxigênio", disse. A informação não foi confirmada pela família, mas é sabido que a atriz tem como hábito manter preservada a sua vida particular.

À GloboNews, Claudia Raia disse que seu último contato com Marília Pêra aconteceu há duas semanas, quando elas se falaram porque a veterana queria assistir ao espetáculo "Raia 30". "Ela estava impossibilitada, de cadeira de rodas. Ela disse 'eu vou melhorar um pouquinho e vou'", falou Claudia Raia. "Estamos órfãos. Ela pra mim era uma referência!".

Marília Pêra era casada, desde 1998, com o economista carioca Bruno Faria. Ela era irmã da atriz Sandra Pêra e neta da atriz Antônia Marzullo.

Cláudia Barroso

AMÉLIA ROCHA BARROSO
(83 anos)
Cantora e Compositora

☼ Pirapetinga, MG (23/04/1932)
┼ Fortaleza, CE (09/10/2015)

Amélia Rocha Barroso, conhecida pelo nome artístico de Cláudia Barroso, foi uma cantora e compositora brasileira.

Aos 7 anos de idade, perdeu tragicamente o pai, o que que fez sua mãe se mudar com os quatro filhos para Santo Antônio de Pádua, RJ. A vocação artística foi despertada, ainda menina, quando começou a cantar nas festinhas da escola. Posteriormente, a família foi morar no Rio de Janeiro, no bairro do Méier.

Diante da necessidade da família, a menina Amélia começou a trabalhar como babá. Depois, passou a trabalhar numa fábrica de estojos para jóias. Aos 15 anos, casou-se e teve um casal de filhos. Durante muitos anos, Amélia se dedicou inteiramente aos filhos e ao marido.

Em 1957, já separada e com os filhos mais crescidos, resolveu que era o momento de tentar a carreira artística. Incentivada por uma amiga, dirigiu-se ao programa de calouros de Ary Barroso. Foi gongada na primeira apresentação, não por desafinar, mas por errar a letra da música "Risque", de Ary Barroso. Tentou, em seguida o programa de calouros de Renato Murce, na rádio Nacional do Rio de Janeiro, sendo bem sucedida e permanecendo por várias semanas na disputa, até ganhar o prêmio final.

Após a vitoriosa participação no programa de calouros de Renato Murce, foi convidada pela cantora Marisa Gata Mansa para fazer um teste na boate do Copacabana Palace, pois lá estavam precisando de uma crooner. Tendo passado no teste, ali surgiu seu primeiro trabalho como cantora profissional.


Em 1958, gravou pela primeira vez ao participar do LP "Meia Noite No Meia Noite", da gravadora Todamérica que contou com as participações de Moacyr Silva e Seu Conjunto e de Copia e Seu Conjunto. Nesse disco gravou a faixa "Não Adiante Chorar" (Eduardo Patané e Almeida Rego), acompanhada da Orquestra do Copacabana Palace, regida pelo maestro Nicolino Copia, o Copinha. Posteriormente, foi contratada para cantar em São Paulo, na boate Capitains Bar, do Hotel Comodoro. Ali cantou com diversos músicos, como Walter Wanderley, Paulinho Nogueira e Pedrinho Mattar. Por seu talento e versatilidade, tornou-se crooner muito disputada pelos donos de casas noturnas de São Paulo, pois cantava também em vários idiomas.

Recebeu da gravadora Odeon convite para gravar a música "Fica Comigo Essa Noite" (Adelino Moreira). Esse foi o seu primeiro disco solo, ainda em 78 rpm que trazia no outro lado "Não, Eu Não Vou Ter Saudade" (Vaucaire e C. Dumont), com versão de Romeu Nunes, disco lançado em fevereiro de 1962. No mesmo ano, sua interpretação de "Fica Comigo Essa Noite" foi incluída no LP "Em Dia Com o Sucesso - Volume 2" lançado pela gravadora Odeon.

Foram inúmeras as casas noturnas em que cantou, e também os diversos nomes do cenário musical brasileiro com que se apresentou, durante os anos 60, entre eles: Bar Baiúca, onde cantava com o Zimbo Trio, Boate Golden Ball, em que cantava com Johnny Alf, Boate Oásis, Boate Champanhota, em que cantava com Marta Mendonça, Boate Moleque, onde cantava com Noite Ilustrada, Boate Rosa Amarela, Boate Jogral, Boate Drink, de Djalma Ferreira, onde cantava com Jair Rodrigues, entre outras.

Em 1967, lançou um LP pela gravadora Fermata no qual interpretou as músicas "Esta é a Minha Canção (The Is My Song)" (Charles Chaplin), "Falem-me Dele (Parlez-moi de Lui)" (M. Rivgauche e J. Dieval), "Nenhum de Vocês (Nessuno Di Voi)" (Pallavicini e Kramer), com versões de Alexandre Cirus, "Eu Por Amor (Io Per Amore)" (P. Donaggio e V. Pallavicini), "É Mais Forte Que Eu (É Piu Forte Di Me)" (E. Polito e A. del Monaco), "O Silêncio (Il Silenzio)" (G. Brezza e N. Rosso), as três em versões de Fred Jorge, "Deus Como Te Amo (Dio Come Ti Amo)" (Domenico Modugno), versão de Demetrio Carta, "Amor Não é Brinquedo (Eine Ganze Nacht)" (J. Last e G. Loose), "Glória (In Excelsis Deo)" (S. Vasco, T. Del Rincon e T. Rendall), em versões de Juvenal Fernandes, "A Música Termina (La Música é Finita)" (U. Bindi e F. Califano), "Valsa Da Recordação (Vals Del Recuerdo)" (Kalender e B. Molar), versões de Salathiel Coelho, e "Começar De Novo" (Nóbrega e Souza, David Mourão e Ferreira). Nesse ano, gravou a marcha "Flores na Varanda" (Osvaldo Cruz e Celina Paiva), incluída na coletânea carnavalesca "Carnaval 68" do selo Som Maior, algo raro em sua carreira de cantora romântica.


Em 1968, duas versões interpretadas por ela foram incluídas no LP "Coleção De Sucessos" da gravadora Fermata: "Deus Como Te Amo" e "O Silêncio".

Em 1969, participou de outras duas coletâneas carnavalescas da gravadora Premier/RGE visando o carnaval do ano seguinte: "Carnaval 70", no qual foi incluída a gravação da música "Um Amor Igual Ao Meu" (Fernando Torelly e João Lopes), e "Carnaval 1970" com a marcha "Senhora Viúva" (Cachimbinho e A. Cruz).

Em 1970, recebeu convite para participar como jurada no Programa Silvio Santos, na TVS, posteriormente SBT. Sua atuação obteve tanto sucesso, que ela foi contratada pelo animador, passando a ser presença obrigatória no programa, o qual era levado ao ar, ao vivo, aos domingos. Um dia, ao dirigir-se a uma caloura, criticou a interpretação da música, atribuindo-lhe uma nota que causou polêmica no programa. Desafiada, então, pelo animador Silvio Santos a interpretar aquela música de forma melhor que a candidata, foi ao palco e cantou magistralmente, arrancando intermináveis aplausos do público e, principalmente, dos demais membros do juri. Logo em seguida, a gravadora Continental a contratou, iniciando uma fase de grande sucesso da cantora.

Em 1971, lançou seu primeiro LP pela gravadora Continental interpretando as músicas "A Vida é Mesmo Assim" e "Quem Mandou Você Errar", de sua autoria, "Pra Que Chorar" (Jorge Ricardo), "Amiga" (Anastácia), "Dona Tristeza" (Jacobina e Almeida Rego), "Juntinho é Melhor" (Fernando Barreto, Fernando Costa e Rossini Pinto), "Você Mudou Demais" (Dik Júnior), "Tudo Acabado" (J. Piedade e Osvaldo Martins), "Supertição" (Portinho e Wilson Falcão), "Rotina Do Amor" (Jota Domingos), "Resposta Da Carta" (Anastácia e Dominguinhos), e "Quem Foi Você" (Waldick Soriano). O selo Premier lançou o LP "O Amor Me Chama", uma coletânea de músicas lançadas anteriormente em compactos com destaque para "Dio Come Ti Amo". Ainda nesse ano, duas interpretações suas foram incluídas em coletâneas de sucessos. No LP "As 14 Mais Pra Frente - Volume 12" da Continental foi incluída a gravação de "Você Mudou Demais", e no LP "Grande Parada Brasil" também da Continental foi incluída a gravação do bolero "A Vida é Mesmo Assim".

Em 1972, lançou dois LPs. No primeiro LP destacou-se como sucesso a composição "Por Deus Eu Juro" (Cláudia Barroso), trazendo ainda as músicas "Amor Querido" (Cláudia Barroso), "Estou Cansada" (Cláudia Barroso), "Não Adianta Mais Chorar" (Jorge Ricardo), "Não Sei o Que Fazer" (Jorge Ricardo), "Está Faltando Alguém Em Minha Vida" (Pepe Ávila), "Eu Te Agradeço" (Alcyr Clayton e Paulo Marcos), "Você Perdeu a Sua Vez" (César e Círus), "Se Deus Me Ouvisse" (Almir Rogério), e "Presunção" (Anastácia). No segundo LP lançado no mesmo ano, registrou as músicas "Não Quero Ouvir Mais Falar Teu Nome" (Cláudia Barroso) e "Vai Não Te Quero Mais" (Cláudia Barroso), "Aviso" (Jorge Ricardo), "Confissão" (Jorge Ricardo), "Tentei a Qualquer Preço" (Osmar Nazareno e Portinho), "Mentira", (F. Pracánico, E. C. Flores e Pepe Ávila), "Amada Amante" (Roberto Carlos e Erasmo Carlos), "Humilhação" (José Carlos Gonzales), "Como Fui Boba Meu Deus" (Antônio Queiroz e Michel Bunariu), "Nem Te Ligo" (Jota Domingos), "Meu Coração Fechou a Porta" (Anastácia) e "Ausência De Tua Presença" (Moacir Bastos).


Ainda em 1972, sua versatilidade a levou a uma experiência como atriz, através de uma participação na novela "Bandeira Dois", levada ao ar pela TV Globo. Foi coroada, então, "Rainha dos Mmotoristas". Nesse período, mais precisamente, na primeira metade dos anos 1970, foi consagrada em todo o Brasil, sendo a cantora com maior vendagem de disco. Em função disso, nos dois anos seguintes voltou a lançar dois LPs anuais.

Em 1973, gravou no primeiro LP as músicas "Eu Quero Ser Feliz" (Cláudia Barroso), "Vai Chorar Muito Mais" (Cláudia Barroso), "Foi Tanto Amor Que Eu Perdi a Razão" (Cláudia Barroso e Zairo Marinozo), "Ah Se Eu Fosse Você" (Carlos Bonani), "Ontem e Hoje" (Getúlio Macedo e Irany de Oliveira), "Meu Caminho" (Gecy Falcão), "Vou Ficar Sozinha" (Alcyr Clayton e Paulo Marcos), "Eu Vim Dizer" (Carlos César e Alexandre Cirus), "Nem Pelo Amor de Deus" (César e Queiroz), "Minha Verdade" (Osmar Navarro e Portinho), "No Vai-Vem Do Mundo" (César e Círus) e "Nem Que o Mundo Se Acabe" (Anastácia e Dominguinhos).

Em seu segundo LP de 1973, registrou as músicas "Que Pena Você Veio Tarde" (Cláudia Barroso e Carlos Bonani), "Cinzas" (Cláudia Barroso e Gecy Falcão), "Acreditei Demais" (Carlos Bonani), "Não Preciso De Você" (Carlos Bonani), "Eu Só Quero Ver" (Carlos Bonani), "Mulher" (Custódio Mesquita e Sadi Cabral), "Carinhoso" (Pixinguinha e João de Barro), "Fim De Caso" (Dolores Duran), "Juazeiro" (Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga), "Não Há Nada Mais Bonito" (Portinho e Osmar Navarro), "Que Mundo é Este Meu" (Waldick Soriano) e "Muito Obrigado Meu Amor" (Antônio dos Santos).

Ainda em 1973, mais duas coletâneas de sucesso incluíram gravações suas, no LP "Continental - 30 Anos De Sucessos" da gravadora Continental, onde foi incluída a canção "Você Mudou Demais". Já no LP "Sempre Sucesso - 12 Grandes Sucessos Que Serão Lembrados Eternamente", da Premier/RGE foi incluída sua gravação "O Silêncio".

Em 1974, mais dois LPs foram lançados pela Continental com gravações suas. No primeiro cantou "Eu Falei Pra Você" (Carlos Bonani), "Mal Me Quer" (Cristóvão de Alencar e Newton Teixeira), "Essa Agora é Boa" (Cláudia Barroso), "Por Mais Que Eu Queira Me Enganar Ainda Te Amo" (Cláudia Barroso), "Última Palavra" (Nelson Karan e Aloísio Marins), "Aliança Devolvida" (Milton JoséJosé Augusto), "Você Já Era" (Portinho e Osmar Navarro), "Ironia" (Gecy Falcão), "Não Me Condenem" (Júlio Nagib), "Deus Me Livre" (Anastácia), além de um pot-pourri com as canções "Segredo" (Herivelto Martins e Marino Pinto), "Ave Maria No Morro" (Herivelto Martins), "Feitio De Oração" (Vadico e Noel Rosa), "Folhas Mortas" (Ary Barroso) e "Nem Eu" (Dorival Caymmi).


No segundo LP, lançado também em 1974, registrou as músicas "Deixe Meu Marido Em Paz (Não Perca Seu Tempo)" (Cláudia Barroso), "Como Acabou Não Sei" (Cláudia Barroso), "Triste Adeus" (Cláudia Barroso), "Oh Moço Da Minha Rua" (Cláudia Barroso), "Quem Você Pensa Que É" (Elizabeth), "Porque Te Amo" (Luis de Castro e Milton José), "Me Faça Sua" (Martinha e Milton Carlos), "Amor Fracassado" (Juvenal Lopes), "Nem a Morte Vai Nos Separar" (Portinho e Osmar Navarro), "Vá Em Paz" (Juna), "Luz e Treva" (Nelson Sampaio) e "Amor Proibido" (Anastácia e Dominguinhos). Nesse LP, fez bastante sucesso com o bolero "Deixe Meu Marido Em Paz (Não Perca Seu Tempo)".

Em 1975 gravou LP que trazia as músicas "Casamento Fracassado" (Carlos Bonani), "Conselho" (Carlos Bonani), "Duas Almas" (Carlos Bonani), "Que Te Custa" (Anastácia), "Nada Sou" (Antoninho dos Santos), "Não Tem Solução" (Joãozito), "Nossos Filhos Não Pediram Para Nascer" (Cláudia Barroso), "Ninguém Pertence a Ninguém" (Portinho e Osmar Navarro), "O Homem Que Eu Amo" (Chico Xavier), "Você Vai Se Arrepender" (Milton José, Italúcia e Sabino Neto), "Já Tenho Alguém Em Seu Lugar" (Evaldo Barreto), "Eu Não Tive Um Bom Marido" (Evaldo Barreto).

Em 1976, lançou novo LP no qual fizeram sucesso as composições "Mulher Sem Nome" (Anastácia) e "Pedaço De Papel" (Anastácia). O disco incluiu ainda as composições "O Vento Levou" (Umberto Silva e Motta), "Nem Que Venha Pedir De Joelhos" (Milton José e José Augusto), "Para Que Recordar" (Fernando César), "Conselho De Mãe" (Cláudia Barroso e M. A. Porto), "Valeu a Pena o Que Eu Sofri" (Cláudia Barroso e Izilda Simões), "Cansada De Mentira" (Robson e Zébeto), "Fracassamos" (Herivelto Martins), "Pecado Mortal" (Carlos Bonani), "Vou Morrer De Rir" (Anastácia) e "Fique Com Ele Pra Você" (Zeca e Tom).

Em 1977, gravou o LP "Cara e Coragem" com música título da compositora Isolda, e que apresentou ainda como destaque as músicas "Mantendo Aparências" (Cláudia Barroso), "Ninguém é De Ninguém" (Umberto Silva, Toso Gomes e Luis Mergulhão), "Boa Amiga (Conselho)" (Anastácia), "Meu Dilema" (Anastácia e Dominguinhos), "Bobagem" (Isolda e Milton Carlos), "Minha Culpa" (Leal Brito 'Britinho' e Fernando César), "Envolvido Em Tempestade" (Marcos Wagner), "Com Quem Fica Nosso Filho" (Wilson FalcãoPortinho), "Homem Por Homem" (Evaldo Barreto), "Essas Moças" (Marcos Wagner) e "Mentiroso" (Valentino Guzzo e Laerte Freire).

Em 1978, gravou o LP "Conselho" que teve como destaque duas composições de sua autoria, "Deixe Meu Marido Em Paz" e "Nossos Filhos Não Pediram Pra Nascer". As outras músicas do disco foram, "Mentiroso" (Valentino Guzzo e Laerte Freire), "Quem Você Pensa Que É" (Elizabeth), "Amor Proibido" (Anastácia e Dominguinhos), "Casamento Fracassado" (Carlos Bonani), "O Homem Que Eu Amo" (Chico Xavier), "O Vento Levou" (Humberto Silva e Motta), "Conselho" (Carlos Bonani), "Pedaço De Papel" (Anastácia), "Amor Fracassado" (Juvenal Lopes) e "Nem a Morte Nos Separa" (Portinho e Osmar Navarro).


Em 1979, lançou LP com as músicas "Status" (Cláudia Barroso e S. A. Hanna), "Porta Arrombada" (Cláudia Barroso e Glauco), além de cinco versões das músicas latinas "Abraça-me" (Julio Iglesias e Ferro), versão de C. Santos, "Espinho (Espinita)" (Nico Jimenez e Walter José), "A Carta" (J. Nobre e A. do Valle), versão de Mourão Filho, "Canção Da Alma (Cancion Del Alma)" (R. Hernandez), versão de Jean Pierre, e "Maldito Amor (Ilusion Passajera)" (M. A. Solis), versão de Cleide Dalto. O disco ainda apresentou as canções "Comentários" (Rivelindo, Jean Pierre e Leon), "Graças a Deus" (Anastácia) e "Eu Não Sou Robot" (José Lisboa).

Em 1980, lançou seu último disco pela gravadora Continental no qual interpretou as canções "A Fase" (Elizabeth e Sérgio Bittencourt), "A Outra" (Geraldo Cunha), "O Silêncio (Il Silenzio)" (G. Brezza e N. Rosso), versão de Fred Jorge, "Eu Te Perdi" (Umberto Silva, Motta Vieira e Ozires de Mello), "É De Pedra Seu Coração" (Antoninho Santos), "Amor Na Tarde" (Anastácia), "Tire Seu Galo Da Rinha" (Anastácia), "Minha Sombra é Você" (Mário Zan e Messias Garcia), "Haja o Que Houver" (Fernando César e Nazareno de Brito), "Tudo Ou Nada" (Fernando César), além de duas versões suas para músicas de Armando Manzanero, "Pra Você e Para Mim (Para Ti y Para Mi)" e "Foi Uma Vez (Fue Uma Vez)".

Em 1981, a Continental lançou a coletânea "Disco de Ouro - Cláudia Barroso" reunindo 14 sucessos gravados por ela, "A Vida é Mesmo Assim", "Por Deus Eu Juro", "Vai Não Te Quero Mais", "Deixa Meu Marido Em Paz (Não Perca Seu Tempo)", "Mantendo Aparências", "Nossos Filhos Não Pediram Pra Nascer", "Noturno", "Quem Mandou Você Errar", "Amor Querido", "Vai Chorar Muito Mais", "Como Acabou Não Sei", "Estou Cansada", "Não Quero Mais Ouvir Falar Teu Nome" e "Aliança Devolvida".

No começo da década de 1980, passou alguns anos sem gravar. Retornou aos estúdios em 1986, quando lançou LP pela gravadora 3M interpretando as músicas "O Gavião" (Carlos Santorelli), "Deixa Que Eu Te Ame" (Hyran Garcete e Pepe Ávila), "A Minha Prece De Amor" (Silvio César), "Tira a Aliança Do Dedo" (Meirecler), "Ausência" (Sebastião Silva e Ivan Pires), "Jogo Sujo" (Carlos Colla), "Nós Dois" (Ed Wilson e Carlos Colla), "Salva-me Querido" (José Raul Valença e Manoel Valença), "Batendo Boca" (Cláudia Barroso) e "Meu Ídolo" (Voltaire e Neuber).

Até o final dos anos 80, período de seu maior sucesso, teve gravações incluídas em mais de 20 coletâneas. A partir da década de 90, sua carreira perdeu prestígio e ela passou a aparecer menos.

Em 1995, a Warner lançou o disco "Dose Dupla", contendo alguns de seus sucessos como "A Vida é Assim Mesmo" (Cláudia Barroso), "Quem Mandou Você Errar" (Cláudia Barroso), "Pra Que Chorar" (José Ricardo), "Rotina Do Amor" (Jota Domingos) e "Resposta Da Carta" (Anastácia e Dominguinhos).

Em 2000, gravou um CD ao vivo, pela gravadora CID. O disco visitou vários clássicos da MPB, como "Lama" (Ailce Chaves e Paulo Marques), "Quem Eu Quero Não Me Quer" (Raul Sampaio), "Tortura De Amor" (Waldick Soriano), além de outros como "Fracasso", "Poema", "Quase" e "Devolvi".

Em 2007, apresentou-se na Praça Independência na cidade de Corumbá durante os festejos pelo 229º aniversário de fundação da cidade.

Em 2008, em plena atividade, com a voz impecável, continuou apresentando shows por todo o Brasil, sempre encontrando o prestígio do público.


Por seu talento, a cantora mereceu do maestro Portinho a seguinte crítica:

"Um dia, na década de 60, eu estava em São Paulo com o Mário Duarte, na época, diretor artístico da Rádio Nacional de São Paulo e da Fermata-RGE, e este me convidou para tomarmos um aperitivo numa boate na Alameda Nothumann. Quando chegamos, fomos atendidos, e logo, a moça que estava com o conjunto passou a cantar. Acho que foi uma das coisas mais lindas que presenciei durante a minha carreira musical. Eu fiquei encantado com a Cláudia Barroso. Não só eu, também o Mário. A partir do momento em que ela começou a cantar, não vimos mais nada...
Naquela época a Cláudia não cantava apenas boleros e, naquela noite, ela procurou mostrar toda sua versatilidade, cantando também em inglês, italiano, espanhol e francês. Quando terminou o show, Cláudia chegou até nossa mesa e o Mário me disse:
'Esta é a talentosa Cláudia Barroso. Eu a quero a seu lado maestro. Convido-a para amanhã, ou dentro do mais breve possível, comparecer aos escritórios da Fermata-RGE para assinar um contrato conosco'.
Emocionadíssima, ela aceitou e já no dia seguinte, estava assinando um contrato. Logo em seguida, tratamos de selecionar seu repertório. O que eu posso dizer de Cláudia Barroso? Só posso elogiá-la. Como já disse antes, é uma cantora muito versátil, desembaraçada. Sabe o que quer e exige, e com muita razão. Porque é uma das maiores cantoras, não só do Brasil, é uma das maiores cantoras contemporâneas. Tem uma voz privilegiada, bonita, eu diria que ela não é soprano nem contralto, é um mesclado das duas coisas. Tem um grave cheio, sabe dizer as palavras, tem uma dicção perfeita e canta, com facilidade, qualquer gênero popular. Não há dificuldade em nada para Cláudia Barroso.
Outra coisa que me agrada em Cláudia Barroso é a sua amizade e compreensão com os músicos quando está no estúdio de gravação. Quando está elaborando o trabalho de base, ela procura fazer o melhor ambiente possível. Procura, então, conversar com os músicos, nos intervalos, conta algumas novidades. Ela gosta de trabalhar em equipe. Em sua opinião, os músicos, maestros, técnicos, produtores e divulgadores formam um todo, e que só esse todo pode proporcionar o futuro sucesso. Ela crê e diz francamente:
'Eu amo todos vocês, porque são um todo. Meu disco é um todo. Obrigada!'
Há muitos anos eu acompanho a carreira de Cláudia Barroso, e noto que, a cada disco, ela procura aprimorar a sua interpretação, que já era magistral."

Morte

Cláudia Barroso morreu às 06:00 hs de sexta-feira, 09/10/2015, aos 83 anos, em Fortaleza, CE, onde morava. A artista estava internada há 15 dias com problemas circulatórios e não resistiu. O velório ocorreu no Cemitério Jardim Metropolitano, na cidade de Eusébio, CE. O enterro ocorreu no sábado, 10/10/2015, às 10:00 hs, no mesmo local.


Discografia

  • 2000 - Popularidade (Warner Music)
  • 2000 - A Vida é Assim Mesmo - Ao Vivo (CID)
  • 1997 - Cláudia Barroso (RGE/Fermata)
  • 1996 - Eles e Elas - Cláudia Barroso e Lindomar Castilho (Warner Music)
  • 1995 - Dose Dupla - Cláudia Barroso e Waldick Soriano (Warner Music)
  • 1988 - Se Deus Me Ouvisse (Phonodisc)
  • 1986 - Cláudia Barroso (3M)
  • 1981 - Disco de Ouro - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1980 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1979 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1978 - Conselho (Continental)
  • 1977 - Cara e Coragem (Continental)
  • 1976 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1975 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1974 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1974 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1973 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1973 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1972 - Cláudia Barroso (Continental)
  • 1972 - Claudia Barroso (Continental)
  • 1971 - O Amor Me Chama (Premier/RGE)
  • 1971 - Claudia Barroso (Continental)
  • 1967 - Cláudia Barroso (Fermata)
  • 1962 - Fica Comigo Essa Noite / Não, Eu Não Vou Ter Saudade (Odeon)

Indicação: Miguel Sampaio

Wilma Bentivegna

WILMA BENTIVEGNA
(85 anos)
Cantora, Atriz e Apresentadora

☼ São Paulo, SP (17/07/1929)
┼ Mogi das Cruzes, SP (02/07/2015)

Wilma Bentivegna foi uma cantora, apresentadora e atriz brasileira. Nascida em São Paulo, desenvolveu carreira na segunda metade da década de 50, realizando gravações de discos e apresentações em rádios e TVs. Foi uma importante cantora no rádio paulista, mesmo não tendo sido uma cantora de popularidade nacional. Especializou-se em gravar principalmente versões de canções estrangeiras de sucesso na época. De estatura baixa, sempre pareceu uma menina, sendo chamada por todos de Wilminha.

Começou sua carreira aos 9 anos no programa "Clube do Papai Noel", de Homero Silva, na Rádio Difusora. Começou depois a atuar em radioteatro na Rádio Tupi, sob direção de Otávio Gabus Mendes e na Rádio Difusora, com Oduvaldo Vianna. Fazia papeis infantis, pois sua voz também era de menina. Foi a caçula da "Caravana da Alegria", que viajou por várias cidades do interior de São Paulo.

Atuou já no primeiro dia da TV Tupi, cantando junto com os Garotos Vocalistas, sendo assim a primeira cantora a se apresentar na extinta TV.

Ganhou muitos prêmios, entre eles o de Atriz Revelação. Participou de algumas telenovelas e do filme "Custa Pouco a Felicidade" (1952) de Geraldo Vietri.

Wilma Bentivegna e Ninon Sevilha em 1954
Em 1954, foi contratada pela gravadora Sinter e gravou com acompanhamento de Zezinho e Sua Orquestra, a guaracha "Me Voy a Morir" (F. Cabrera), e com acompanhamento de Luis Arruda Paes e Sua Orquestra o samba-canção "Chove" (Geraldo Vietri), mais tarde célebre novelista de televisão e roteirista de filmes.

Em 1955, foi contratada pela Rádio Nacional de São Paulo e pela TV Paulista.

Em 1956, assinou contrato com a gravadora Odeon e gravou com acompanhamento de Luiz Arruda Paes e Sua Orquestra o fox "Rififi" (Gerard e Rue), com versão de Haroldo Barbosa, o bolero "Ama-me Amor" (Panzeri e Mascheroni), com versão de Valdir Cardoso.

Em 1957, gravou com acompanhamento de Luis Arruda Paes e Sua Orquestra, as canções "Pollyana" (N. Schultze e B. Balzo), e "Marcelino, Pão e Vinho", da trilha sonora de filme homônimo, composição de P. Sorozobal e P. Sorozobal Jr, versões de Ribeiro Filho, que obtiveram boa repercussão nacional.

Gravou em 1959, com acompanhamento de Waldomiro Lemke e Sua Orquestra, a clássica canção francesa "Hino ao Amor" (Edith Piaf e Monnot), com versão de Odair Marzano, além do samba "Só Tristeza" (Paulo Rogério e Odair Marzano).

Em 1960, gravou com Waldomiro Lemke e Sua Orquestra a fantasia "Minha Devoção" (O. Cesana), e o samba-canção "Vontade de Enlouquecer" (Guerra Peixe e Odair Marzano).


Em 1961 gravou, ainda, com Waldomiro Lemke e Sua Orquestra, as canções "As Folhas Verdes de Verão" (D. Tiomkin e P. F. Webster), com versão de Paulo Rogério, e "Canção do Amor Que Eu Lhe Dou" (Lourival Faissal). Lançou pela gravadora Odeon, o LP "Canção do Amor Que Eu Lhe Dou" no qual interpretou as músicas "Canção do Amor Que Eu Lhe Dou" (Lourival Faissal), "Hino ao Amor" (Edith Piaf e Monnot), "Graças a Deus Você Voltou" (Tito Madi), "Minha Devoção" (Oto Cesana), em versão de Odair Marsano, "Sonata da Despedida" (Wilma Camargo e Élcio Álvarez), "Alvorada de Amor" (Almeida Rego), "As Folhas Verdes do Verão" (D. Tiokim e Paul Francis Webster), em versão de Paulo Rogério, "Eu Sem Você" (Jair Amorim e Evaldo Gouveia), "És Meu Amor" (S. Weyne e A. Silver), com versão de Teixeira Filho, "Sonata de Esquecer Saudade" (Geraldo Cunha e Pery Ribeiro), "Eu, a Tristeza e Você" e "Canção de Quem Espera", de Sebastião Silva.

Em 1962, registrou as canções "Canção de um Triste" (Paulo Rogério e Oldair Marzano), e "Preciso de Alguém" (Paulo Rogério).

Em 2005, o selo Revivendo lançou o CD "Wilma Bentivegna - Hino ao Amor" com 18 interpretações suas, entre as quais, a música título, de Edith Piaf e Margueritte Monnot"Canção de um Triste" (Paulo Rogério e Odair Marzano), "Sonata de Esquecer Saudade" (Geraldo Cunha e Pery Ribeiro), "Vontade de Enlouquecer" (Guerra Peixe e Odair Marzano), "Minha Tristeza e o Mar" (Wilma Bentivegna), "Graças a Deus Você Voltou" (Tito Madi), "As Folhas Verdes de Verão" (Dimitri Tiomkin e Paul Francis Webster), "Canção do Amor Que Eu Lhe Dou" (Lourival Faissal), "Rififi" (M. Philippe-Gerard e Jaques Larue), "Eu, a Tristeza e Você" (Sebastião Silva), "Preciso de Alguém" (Paulo Rogério), "Noite de Amor" (Tchaikovsky) com adaptação de Fred Jorge, e "Marcelino Pão e Vinho" (Pablo Sorozobal).

Morte

Wilma Bentivegna morreu na tarde de quinta-feira, 02/07/2015, no Hospital Ipiranga em Mogi das Cruzes, SP. De acordo com amigos da família, Wilma Bentivegna passou mal em casa e foi hospitalizada, mas não resistiu. O corpo será velado na Câmara Municipal da cidade de Suzano onde residia.

Segundo o Hospital Ipiranga, a cantora faleceu por volta das 15:00 hs, após ter passado por atendimento. Amigo da família, o jornalista Gil Fuentes contou que a causa da morte foi insuficiência respiratória.

"A Wilma já não andava muito bem há algum tempo. Estava com depressão e quase não saia de casa. É uma grande perda porque a Wilma fez sucesso em uma época que era necessário saber cantar. Ela trabalhou com Lima Duarte e participou da inauguração da TV"
(Gil Fuentes)

Discografia

  • 1962 - Canção de um Triste / Preciso de Alguém (Odeon, 78)
  • 1961 - As Folhas Verdes de Verão / Canção do Amor Que Eu Lhe Dou (Odeon, 78)
  • 1961 - Canção do Amor Que Eu Lhe Dou (Odeon, LP)
  • 1960 - Minha Devoção / Vontade de Enlouquecer (Odeon, 78)
  • 1959 - Hino ao Amor / Só Tristeza (Odeon, 78)
  • 1957 - Pollyana / Marcelino, Pão e Vinho (Odeon, 78)
  • 1956 - Rififi / Ama-me Amor (Odeon, 78)

Indicação: Miguel Sampaio

Vera Brasil

VERA LELOT
(80 anos)
Cantora, Compositora e Violonista

☼ São Paulo, SP (07/05/1932)
┼ Araçoiaba da Serra, SP (18/07/2012)

Vera Brasil, nome artístico de Vera Lelot, foi uma cantora, compositora e instrumentista brasileira.

Com o nome artístico de Vera Brasil, ideia do pai Ulysses Lelot Filho, um compositor que assinava suas músicas como Sivan Castelo Neto e que, mais tarde, acabaria sendo parceiro musical da própria filha, passou a compor na década de 1950, sendo logo associada à bossa nova.

Começou a estudar violão aos 16 anos de idade. Alguns anos depois, dedicou-se ao canto e ao estudo de teoria musical com Miguel Arguerons.

Teve seu primeiro trabalho registrado em 1954, quando seu samba-canção "Três Palavras", composto em parceria com seu pai Silvan Castelo Neto, foi gravado por Mário Martins.

Em 1958, sua música "O Menino Desce o Morro" foi gravada por vários intérpretes, como Myriam Ribeiro, Geraldo Cunha, entre outros.

Vera Brasil participou de diversos festivais de Música Popular Brasileira, no Brasil e em outros países da América do Sul. 

Ao todo, escreveu mais de cem canções, algumas gravadas por artistas ilustres, como Elis Regina ("Eu Só Queria Ser"), Maysa ("O Menino Desce o Morro"), Jair Rodrigues ("Inaê") e Elizeth Cardoso ("Canto de Partir").


Como cantora, fez sua estréia em 1964, com o LP "Tema do Boneco de Palha", lançado pela gravadora Farroupilha. O título deste LP foi tirado da faixa do mesmo nome, gravação de uma de suas mais conhecidas canções, composta em parceria com seu pai. A partir desta data, começou a apresentar-se em shows e programas de televisão.

Em 1965, classificou-se em 3º lugar no I Festival Nacional de Música Popular, na TV Excelsior de São Paulo, com "Eu Só Queria Ser" (Vera Brasil e Myriam Ribeiro), interpretada por Claudette Soares.

Em 1966 obteve o 2º lugar no II Festival Nacional de Música Popular, na TV Excelsior de São Paulo, com "Inaê" (Vera Brasil e Maricene Costa), interpretada por Nilson.

Em 1967, Vera Brasil viajou em turnê para Portugal.

Vera Brasil foi diretora musical do espetáculo "Musicanossa", apresentado no Teatro de Arena de São Paulo, em 1968.

Em 1983, com a cantora Márcia e a pianista Maria Eugênia Pacheco de Brito, criou a Escola Play (Centro Audiovisual de Música). 

Como arranjadora e violonista, abriu em São Paulo na década de 1980 uma escola na qual criou seu próprio método de ensino, onde dava aulas usando técnicas de audiovisual.


Em 2002, após trinta anos afastada dos palcos, apresentou-se no Vinicius Piano Bar, no Rio de Janeiro. Foi homenageada num show, por vários artistas, entre os quais Gilberto Gil.

Em 2008, gravou o programa "Ensaio", da TV Cultura.

Nos últimos anos de sua vida, viveu numa chácara em Araçoiaba da Serra, no interior paulista.

Vera Brasil, além de musicista, chegou a ser secretária, professora de inglês, decoradora de interiores, fotógrafa e astróloga. Fazia ioga e tinha interesse por esoterismo e ficção científica.

Vera Brasil havia quebrado a bacia numa queda. Morreu na quarta-feira, 18/07/2012, aos 80 anos, vítima de complicações de saúde. Solteira, não teve filhos. Deixou o irmão, Berto Filho, jornalista.

Ela foi sepultada em cerimônia simples, entre parentes e amigos, no cemitério de Araçoiaba da Serra, no interior paulista, no dia 19/07/2012.

"Fica a lembrança de sua cultura musical e intelectual imensa, da multiplicidade do seu talento nas várias atividades que empreendeu, da sua importância na bossa nova e a saudade de sua presença companheira e solidária, na defesa dos direitos dos músicos e compositores!"
(Berto Filho, irmão de Vera Brasil)

Berto Filho entregou partituras de 70 músicas de Vera Brasil, além do violão Del Vecchio e a flauta doce Armstrong, ao maestro Rubens Gouvea, diretor da Orquestra Sinfônica de Araçoiaba da Serra, com o objetivo de perenizar a obra da cantora.

Discografia

  • 1964 - Tema do Boneco de Palha (Gravadora Farroupilha, LP)

Indicação: Carlos da Terra